16.04.2013 Views

Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Com a <strong>no</strong>va realida<strong>de</strong> <strong>de</strong>scrita acima, jornais e pasquins experimentam a pauta política para<br />

alimentar a disputa pelo po<strong>de</strong>r.<br />

Durante várias décadas, registra-se um <strong>jornalismo</strong> impresso bastante panfletário e<br />

sensacionalista. Duas gran<strong>de</strong>s causas – o fim da escravidão e a proclamação da República e suas<br />

conquistas – vão funcionar como a base para o surgimento do jornal como empresa, <strong>no</strong> final do<br />

século XIX.<br />

Gran<strong>de</strong>s <strong>no</strong>mes da literatura e do direito passam a escrever <strong>no</strong>s prestigiosos espaços da imprensa. A<br />

urbanização e o <strong>de</strong>senvolvimento do capitalismo <strong>no</strong> País, acalentados pela i<strong>de</strong>ologia <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m e<br />

progresso, juntamente com a influência dos imigrantes europeus que aqui aportaram com o hábito<br />

<strong>de</strong> ler e produz jornais alternativos, acabou por impulsionar a imprensa <strong>no</strong> Brasil.<br />

Gran<strong>de</strong>s grupos começaram a se formar e alguns <strong>de</strong> seus periódicos existem até hoje, como o Jornal<br />

do Brasil e, posteriormente, O Globo.<br />

No Brasil, a profissionalização ou auto<strong>no</strong>mização do <strong>jornalismo</strong>, basicamente o impresso, só vem a<br />

ocorrer por volta dos <strong>a<strong>no</strong>s</strong> 50, a partir da reprodução do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> objetivida<strong>de</strong> e rotinas produtivas<br />

lançadas mais <strong>de</strong> 50 <strong>a<strong>no</strong>s</strong> antes <strong>no</strong>s Estados Unidos.<br />

Os maiores jornais do Brasil investiram num discurso e em processos que referendassem a posição<br />

<strong>de</strong> auto<strong>no</strong>mia e profissionalização do <strong>jornalismo</strong>. Por essa época, as escolas <strong>de</strong><br />

Comunicação tornam-se uma realida<strong>de</strong> em <strong>no</strong>sso País.<br />

Mas a ligação direta com os grupos <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r nunca foi <strong>de</strong>sfeita.<br />

Ao longo do século XX, registra-se a formação <strong>de</strong> influentes grupos <strong>de</strong> mídia, que passam a<br />

concentrar as <strong>no</strong>vas modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>jornalismo</strong> (rádio, TV e internet). Atualmente, seis re<strong>de</strong>s<br />

nacionais <strong>de</strong> TV – Globo, SBT, Record, Ban<strong>de</strong>irantes, Re<strong>de</strong> TV!<br />

E CNT – controlam quase 700 veículos em todo o País. E, em tor<strong>no</strong> <strong>de</strong>las, estão 50 jornais diários,<br />

mais <strong>de</strong> 300 canais <strong>de</strong> TV e outras 300 e tantas emissoras <strong>de</strong> rádio, sem falar dos portais <strong>de</strong> internet.<br />

Os maiores grupos <strong>de</strong> mídia são: Organizações Globo, Grupo Folha, Grupo Abril, Grupo Estadão,<br />

Grupo RBS e CBM – Companhia Brasileira <strong>de</strong> Mídia.<br />

Todas essas organizações estão às voltas com a discussão e o ajustamento <strong>de</strong> suas mídias impressas<br />

<strong>de</strong> <strong>jornalismo</strong>, principalmente, os diários. Concorrência <strong>de</strong> <strong>no</strong>vas mídias, custos <strong>de</strong><br />

produção, enxugamento <strong>de</strong> quadros, dilemas <strong>de</strong> cobertura e posicionamento frente ao “tempo real”

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!