16.04.2013 Views

Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

estamos conferindo, o recorte que fizemos sobre esse conceito fluido e subjetivo que é o <strong>de</strong><br />

“alternativo”.<br />

O que é esse “<strong>jornalismo</strong> alternativo”? Que jornal po<strong>de</strong> se arrogar essa alcunha? Quais são as<br />

características do “alternativo”?<br />

O que <strong>de</strong>fine um jornal como “alternativo”? O que estamos a chamar <strong>de</strong> “alternativo”? E,<br />

afinal, por que “alternativo”?<br />

A quê?<br />

Já <strong>no</strong>s diz o próprio vocábulo: “Alter”: “outro(a)”; “Nativo”: da terra – se quisermos, é claro,<br />

ativar <strong>no</strong>ssa imaginação. Alternativo, então, vem a ser uma segunda opção, uma possibilida<strong>de</strong><br />

outra <strong>de</strong> fazer, criar, pensar alguma coisa, que não aquela previamente existente. Alguns po<strong>de</strong>rão<br />

alegar que o conceito, em si, já sustenta uma <strong>de</strong>preciação, uma <strong>de</strong>squalificação, uma<br />

minimização do objeto <strong>de</strong> estudo, uma vez que, para merecer essa <strong>de</strong>finição, essa característica <strong>de</strong><br />

“alternativo”, tal objeto, a priori, é julgado e analisado sob o prisma do já-existente, isto é, do<br />

hegemônico, tomado então como referência.<br />

Seria, em tese, a título <strong>de</strong> ilustração, o mesmo que dizer que <strong>de</strong>terminada tribo indígena segue<br />

um modo e vida “alternativo”<br />

– só porque este difere do modo europeu oci<strong>de</strong>ntal, amplamente aceito e conhecido.<br />

Revelamo-<strong>no</strong>s, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início, predispostos a assumir um ponto <strong>de</strong> vista centrado <strong>no</strong> europeu (ou,<br />

como queiram, eurocentrista). Todavia, a rigor, se invertemos o foco pelo qual analisamos a questão<br />

e assumimos a óptica do índio, concluímos que a recíproca também é verda<strong>de</strong>ira. Isto é, o modo <strong>de</strong><br />

vida europeu é que passa a ser o alternativo.<br />

Fazemos este preâmbulo para ajudar a esclarecer o porquê da <strong>no</strong>ssa escolha. Ao falarmos <strong>de</strong><br />

uma “imprensa alternativa”, partimos do pressuposto <strong>de</strong> que há uma imprensa regular,<br />

bem estabelecida, que aqui estamos tomando como base. É uma imprensa tradicionalmente<br />

instituída na socieda<strong>de</strong> e que, ao longo da história, consolidou sua atuação, seu mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> produção

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!