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Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

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‘Vamos abrir um jornal’”. Então, foi criado um conselho que reuniu as melhores cabeças<br />

pensantes da cida<strong>de</strong> e assim o jornal começou a ser feito, em julho <strong>de</strong> 1991. Dirigiu o Notícias e<br />

Negócios até fevereiro <strong>de</strong> 2005, período em que o jornal foi publicado ininterruptamente.<br />

O jornal, então, começa a circular em Piúma, vila <strong>de</strong> pescadores com 18 mil habitantes, situada<br />

<strong>no</strong> litoral Sul do <strong>Espírito</strong> <strong>Santo</strong>, que possui, como um dos atrativos, um mar <strong>de</strong> águas calmas.<br />

João Carmo diz que foi tachado <strong>de</strong> doido e louco, inúmeras vezes, por manter um jornal numa<br />

cida<strong>de</strong> com um número tão peque<strong>no</strong> <strong>de</strong> habitantes: “Estou em Piúma por opção <strong>de</strong> vida”.<br />

Situações um tanto “diferentes” já fizeram parte do jornal Notícias e Negócios. Na primeira<br />

edição, para atrair os leitores, João conta que sortearam entre eles um bezerro, doado pelo<br />

pecuarista Simão Bassul. O <strong>no</strong>me do bezerro era “Revistinha”, que foi <strong>de</strong>vidamente comido, em um<br />

churrasco em família, pela ganhadora.<br />

Por isso, João brinca ao caracterizar a história do N&N como sendo um tanto “antropofágica”.<br />

Na segunda edição, em agosto <strong>de</strong> 1991, <strong>de</strong>scobriram que não possuíam nenhuma manchete<br />

para a capa. Bolaram, então, uma estória mirabolante, para pren<strong>de</strong>r os leitores. “Íamos contar<br />

uma estória <strong>de</strong> uma visita <strong>de</strong> ETs à Ilha do Gambá, famosa em Piúma, por se tratar <strong>de</strong> uma espécie<br />

<strong>de</strong> ‘motel’ para os garotos nativos. A estória incluía um diálogo louco entre o ET e um surfista<br />

famoso, um adolescente chamado Alanzinho. Mas, <strong>no</strong> último momento, um crime bárbaro<br />

aconteceu, a manchete <strong>de</strong> que tanto precisávamos surgiu e a estória da visita do ET foi esquecida”.<br />

Hoje, o jornal circula <strong>no</strong>s municípios <strong>de</strong> Piúma, Anchieta, Iconha, Iriri, Alfredo Chaves, Rio<br />

Novo do Sul, Itaipava e Itaoca.<br />

Tem tiragem <strong>de</strong> 5 mil exemplares e circula mensalmente nessas cida<strong>de</strong>s. A diretora atual do<br />

jornal, Mônica Siqueira, em entrevista por e-mail, diz ser gratificante trabalhar <strong>no</strong> Interior: “É<br />

um trabalho pesado, mas gratificante. O fato <strong>de</strong> a periodicida<strong>de</strong> ser mensal ajuda a apurar melhor as<br />

<strong>no</strong>tícias e dar continuida<strong>de</strong> a elas. Temos mais tempo. Temos tempo também <strong>de</strong> criar um<br />

relacionamento com os ‘fornecedores’ <strong>de</strong> <strong>no</strong>tícias, o que <strong>no</strong>s garante informações privilegiadas”.<br />

Já em Muqui, município com quase 13 mil habitantes e que possui a maior concentração <strong>de</strong><br />

art-<strong>no</strong>veau do Estado, encontra-se um outro jornal popular. É nessa pacata cida<strong>de</strong> que se<br />

encontra um personagem famoso: João Bicalho, redator-chefe do Jornal <strong>de</strong> Muqui e vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

da Associação dos Jornais do Interior do <strong>Espírito</strong> <strong>Santo</strong> (ADJORI).

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