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Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

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Social, nada mais é que um véu para mal dissimular intencionalida<strong>de</strong>s inconfessas muito<br />

particulares –, a fala explícita que todos sabem <strong>de</strong> on<strong>de</strong> parte, <strong>de</strong> alguém que todos sabem <strong>de</strong> on<strong>de</strong><br />

vem.<br />

3) Po<strong>de</strong>mos – e <strong>no</strong>vamente admitindo uma visão eventualmente redutora – distinguir bem<br />

claramente três modalida<strong>de</strong>s principais <strong>de</strong> <strong>jornalismo</strong> alternativo, a saber:<br />

a) Um <strong>jornalismo</strong> com claros contor<strong>no</strong>s político-partidários.<br />

Nas publicações que aten<strong>de</strong>m a esse mo<strong>de</strong>lo, há um discurso politicamente engajado em<br />

<strong>de</strong>fesa dos interesses <strong>de</strong> um partido ou <strong>de</strong> uma corrente política – em alguns casos, mais <strong>de</strong> uma.<br />

Aqui <strong>no</strong> Estado, um perfeito exemplo é o próprio Folha Capixaba, do período pré-ditadura. Há<br />

também aqueles jornais reconhecidamente “<strong>de</strong> esquerda”, que sustentam um discurso libertário<br />

em contraposição à repressão. São os chamados “jornais <strong>de</strong> resistência”, que emergem<br />

particularmente em regimes <strong>de</strong> exceção e cassação <strong>de</strong> direitos civis. O principal exemplo <strong>de</strong>ntro do<br />

<strong>jornalismo</strong> capixaba é, certamente, o Posição. Embora, <strong>de</strong> modo geral, esses jornais se remetam às<br />

massas, não há, aqui, propriamente, uma participação efetiva do povo na sua produção.<br />

b) Um <strong>jornalismo</strong> produzido especificamente para aten<strong>de</strong>r a um segmento social, mas que não<br />

conta, nas etapas <strong>de</strong> produção, planejamento e gestão, com o envolvimento direto <strong>de</strong> seus<br />

representantes.<br />

As publicações aqui inscritas levam até esse grupo social (comunida<strong>de</strong>, categoria, etc)<br />

questões <strong>de</strong> seu estrito interesse – sejam elas mais pontuais (suas <strong>de</strong>mandas e reivindicações), sejam<br />

elas as “causas maiores”. São jornais politizados, que almejam conscientizar seu público e estimular<br />

sua mobilização e participação mais cidadã.<br />

Geralmente, partem <strong>de</strong> iniciativas pessoais <strong>de</strong> jornalistas ligados a esses grupos e engajados<br />

em suas causas, ou são vinculados a entida<strong>de</strong>s como ONGs, partidos, empresas ou instituições<br />

religiosas.<br />

Um bom exemplo <strong>no</strong> Estado é o jornal Ferramenta, ligado à Pastoral Operária, que também<br />

<strong>de</strong>talharemos na seqüência.<br />

c) Um <strong>jornalismo</strong> que se <strong>de</strong>stina a um <strong>de</strong>terminado grupo social e que, para além disso, é<br />

produzido por esse mesmo grupo. Aqui, é certo, a participação da comunida<strong>de</strong> envolvida se dá em<br />

níveis muito maiores. Alguns acreditam que esta é a única modalida<strong>de</strong> genuinamente alternativa <strong>de</strong>

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