16.04.2013 Views

Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

empresas, conseguindo, por meio <strong>de</strong> sua própria receita, investir em infra-estrutura, funcionários ou<br />

equipamentos.<br />

Outro complicador para a produção <strong>de</strong> jornais <strong>no</strong> interior do <strong>Espírito</strong> <strong>Santo</strong> é a ausência <strong>de</strong><br />

uma formação acadêmica que atenda às especificida<strong>de</strong>s da práxis jornalística nessas regiões.<br />

O curso <strong>de</strong> Comunicação Social com habilitação em Jornalismo da Faculda<strong>de</strong> Unilinhares,<br />

situada em Linhares, por exemplo, tem ênfase em assessoria <strong>de</strong> imprensa e não apresenta um<br />

currículo direcionado para as <strong>de</strong>mandas dos jornais interior<strong>a<strong>no</strong>s</strong>.<br />

Os cursos <strong>de</strong> Comunicação Social / Jornalismo do Interior restringem- se às cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

Cachoeiro <strong>de</strong> Itapemirim e Linhares.<br />

Recentemente implantados, esses cursos po<strong>de</strong>m, potencialmente, colaborar para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do <strong>jornalismo</strong> regional, seja formando <strong>no</strong>vos profissionais, seja capacitando<br />

aqueles que já exercem a profissão, porém sem formação acadêmica. Dentre os estudantes <strong>de</strong><br />

Jornalismo das faculda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Linhares e Cachoeiro <strong>de</strong> Itapemirim, há alguns estagiando <strong>no</strong>s<br />

veículos locais.<br />

Dentre os alu<strong>no</strong>s <strong>de</strong> Jornalismo da Unilinhares, encontramse vários que já trabalham na área,<br />

seja com radialismo, <strong>jornalismo</strong> televisivo ou impresso. Há, inclusive, proprietário <strong>de</strong> jornal<br />

impresso fazendo o curso. Porém, a gran<strong>de</strong> maioria dos estudantes ainda não exerce a profissão.<br />

Quando questionados se preten<strong>de</strong>m trabalhar na imprensa local, as opiniões são divergentes: alguns<br />

dizem não ter interesse em trabalhar <strong>no</strong> interior do Estado, por acreditarem que o <strong>jornalismo</strong><br />

nessas cida<strong>de</strong>s é ruim, muito influenciado pelas forças políticas e econômicas e difícil <strong>de</strong> ser<br />

mudado; já outros vêem a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>, após formados, trabalharem em veículos <strong>de</strong> maior porte<br />

em gran<strong>de</strong>s centros para, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> adquirirem prática, voltarem para suas cida<strong>de</strong>s e melhorarem a<br />

qualida<strong>de</strong> do <strong>jornalismo</strong> lá produzido.<br />

A freqüente ausência <strong>de</strong> jornalistas com registro profissional nas publicações regionais é um<br />

tema polêmico e que divi<strong>de</strong> opiniões. A Fe<strong>de</strong>ração Nacional dos Jornalistas (Fenaj), por exemplo,<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a obrigatorieda<strong>de</strong> do registro profissional para que se exerça a profissão.<br />

Algumas entida<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m a <strong>de</strong>mocratização da comunicação, como a Executiva<br />

Nacional dos Estudantes <strong>de</strong> Comunicação Social (Enecos), questionam tal obrigatorieda<strong>de</strong> sob<br />

o argumento <strong>de</strong> ser este um fator cerceador do direito à produção <strong>de</strong> comunicação.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!