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Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

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Na edição <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1852, o Correio publica sua posição: o “dogma político –<br />

monarquia, constituição e liberda<strong>de</strong> – dá guarda à <strong>de</strong>fesa do oprimido, e censura o opressor e o<br />

crime, procurará vulgarizar os melhoramentos morais e materiais que se tenham feito em benefício<br />

da espécie humana; promoverá quanto em si estiver o engran<strong>de</strong>cimento <strong>de</strong>sta terra, em que vive,<br />

acompanhará a administração da província <strong>no</strong>s benefícios que lhe tiver <strong>de</strong> fazer, e mesmo lhe<br />

lembrará aquelas mais urgentes e exigidas precisões para o bem do povo; - publicará enfim os atos<br />

do gover<strong>no</strong> e daquelas repartições que se quiserem <strong>de</strong> sua colunas utilizar: é esta sua missão, é este<br />

o sacerdócio mais <strong>no</strong>bre e sagrado da imprensa livre, e or<strong>de</strong>ira – é esta a profissão <strong>de</strong> princípios que<br />

vêm hoje fazer em público o Correio da Victoria”. Termina franqueando suas colunas aos cultores<br />

das boas letras e prometendo invitar todas as forças para o engran<strong>de</strong>cimento da província.<br />

Em 25 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1852, a Assembléia cassou o contrato e, em 3 <strong>de</strong> julho, o Correio <strong>de</strong>clarou<br />

que <strong>de</strong>ixava <strong>de</strong> publicar os atos oficiais e franqueava suas colunas a todas as publicações. Esta foi a<br />

in<strong>de</strong>pendência da publicação, como disse em seu editorial, intitulado Nossa missão da imprensa.<br />

Não obstante, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1852 em diante, tor<strong>no</strong>u a dar publicida<strong>de</strong> aos atos da<br />

secretaria do gover<strong>no</strong>, sendo assinado <strong>no</strong>vo contrato aos 30 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1853. O Correio foi<br />

bissemanal (quartas e sábados) até 13 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1872, quando começou a circular três vezes por<br />

semana (terças, quintas e sábados). Defendia a política conservadora, <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> ser publicado em<br />

1873, com a cisão levantada <strong>no</strong> seio do partido. Tinha quatro páginas.<br />

Entre seus colaboradores estavam Rangel Sampaio, Emílio da Silva Coutinho, João Luiz da<br />

Fraga Loureiro, Antônio Joaquim Rodrigues e José Joaquim Rodrigues, que foi seu redator<br />

durante três <strong>a<strong>no</strong>s</strong> (1852-1854). Com a morte <strong>de</strong> Azeredo, passou, em janeiro <strong>de</strong> 1872, a ser<br />

priorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Joaquim Francisco Pinto Ribeiro e gerido por Aprígio Guilhermi<strong>no</strong> <strong>de</strong> Jesus; antes,<br />

em 1869, estivera sob a redação <strong>de</strong> Tito da Silva Machado. Tor<strong>no</strong>u-se, <strong>de</strong>pois, proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Jacintho Escobar Araújo.<br />

O <strong>no</strong>ticiário local era muito resumido, havendo dias em que <strong>de</strong>ixava completamente <strong>de</strong><br />

aparecer <strong>no</strong> jornal, que não <strong>de</strong>ixava <strong>de</strong> ser atochado com transcrições <strong>de</strong> <strong>no</strong>tícias da corte. A<br />

tiragem era pequena e havia correspon<strong>de</strong>nte <strong>no</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro. Os anúncios eram poucos e na<br />

maioria sobre escravos fugidos. O comércio ainda não sabia se servir <strong>de</strong>ssa po<strong>de</strong>rosa arma <strong>de</strong><br />

propaganda.

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