16.04.2013 Views

Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

a imprensa alternativa não <strong>de</strong>va ser uma imprensa panfletária, uma imprensa feia. Ser alternativa,<br />

mas com um padrão <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> sim, por que não?”.<br />

Ao analisarmos o Correio Bancário, é possível verificarmos a mudança <strong>de</strong> conteúdo pela qual<br />

passou o jornal. Na época <strong>de</strong> sua criação, o caráter assistencialista dividia um espaço gran<strong>de</strong> com as<br />

informações sobre a categoria e as matérias mais políticas.<br />

Vale lembrar que, nessa época, o sindicato ainda estava nas mãos dos pelegos, mas que os<br />

próprios pareciam manter uma postura <strong>de</strong> enfrentamento aos banqueiros <strong>de</strong>ntro do jornal. “Acho<br />

que mudou muito mais a linguagem do que as idéias propagadas.<br />

Você vê que esse período <strong>de</strong> 1979 a 1985 ainda é um período <strong>de</strong> peleguismo, mas <strong>de</strong> uma<br />

absorção <strong>de</strong> outra postura. Porque eles sabiam que se, não fizessem isso, iam acabar per<strong>de</strong>ndo para<br />

a oposição. Pelas manchetes, você não vê nada do retrato do peleguismo.<br />

Esse peleguismo acontece mais na prática, como quando você propõe uma greve”, consi<strong>de</strong>ra<br />

Adriana Machado.<br />

Na verda<strong>de</strong>, como o Correio estava nas mãos dos pelegos ainda <strong>no</strong> começo da década <strong>de</strong> 80,<br />

após a eleição <strong>de</strong> 1982 para a diretoria do sindicato (na qual a chapa da situação saiu<br />

vitoriosa), surgiu um veículo da oposição unificada <strong>de</strong>ntro do SEEB, o Mobilização Bancária. Eis<br />

o seu editorial <strong>de</strong> estréia:<br />

Esse é o primeiro boletim <strong>de</strong> uma série que preten<strong>de</strong> ser<br />

periódico. Ele preten<strong>de</strong> cobrir uma lacuna que sempre existiu<br />

na categoria bancária, porque o boletim do sindicato – o<br />

Correio Bancário – sempre foi muito irregular e não traz<br />

<strong>no</strong>tícias realmente quentes, <strong>de</strong> interesse da categoria, apesar<br />

<strong>de</strong> ser graficamente bonito e evi<strong>de</strong>ntemente caro.” (Tosi et al.,<br />

1994, p. 129)<br />

Para a direção sindical da época, o Mobilização Bancária era um “informativo bastardo”. O<br />

embate entre os dois veículos era intenso, mas a proposta <strong>de</strong> regularida<strong>de</strong> do Mobilização acabou<br />

se esvaindo e o boletim <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> existir.<br />

Além do Correio, o SEEB-ES – a partir <strong>de</strong> 1994 – produz o Mulher 24 Horas, como reflexo<br />

<strong>de</strong> um trabalho <strong>de</strong> organização das mulheres bancárias. De acordo com Adriana, “o Mulher 24<br />

Horas tem um caráter diferente do Correio. Ele é crítico e questionador, mas tem o toque da

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!