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Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

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O Alegrense era impresso em tipografia plana. Almyr dá mais <strong>de</strong>talhes: “Se não me enga<strong>no</strong> a<br />

data, em 1927 a Prefeitura <strong>de</strong> Alegre adquiriu, na Alemanha, uma impressora e uns tipos (aqueles<br />

colocados letra a letra, conforme é visto <strong>no</strong>s filmes <strong>de</strong> faroeste), para imprimir o seu próprio jornal.<br />

Também confeccionava talões, fichas, etc. A impressora e a tipografia, embora <strong>de</strong>sativadas, ainda<br />

existem. Atualmente, entretanto, o jornal O Alegrense é impresso em gráfica mo<strong>de</strong>rna (A<br />

Gazeta), em cores e redigido por jornalistas <strong>de</strong> fora, profissionais”.<br />

Porém, existem as críticas à linha editorial do jornal, por parte do ex-redator: “Em vez <strong>de</strong><br />

registrar fatos e ações oficiais, o prefeito se utiliza <strong>de</strong>le para fazer promoção pessoal e <strong>de</strong> seus<br />

secretários, o que é proibido por lei a um jornal oficial, mantido por dinheiro do contribuinte.<br />

Entretanto, sou um dos <strong>de</strong>fensores da permanência <strong>de</strong> O Alegrense pelo que ele representa <strong>de</strong> valor<br />

histórico e informativo da vida alegrense”.<br />

Almyr Carvalho também <strong>de</strong>u início a outro jornal. A história do jornal A Palavra, também do<br />

município <strong>de</strong> Alegre, inicia-se quando um advogado local, Alceu Silveira, convida Almyr para criar<br />

um jornal in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, que participasse da vida da cida<strong>de</strong> e não <strong>de</strong>scuidasse do pa<strong>no</strong>rama estadual<br />

e fe<strong>de</strong>ral: “Não havia como competir com televisões e jornais diários. Disse a Alceu que meu caso<br />

era escrever. Não gostava nem tinha talento para administração. Ele, então, ficou com a<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> arranjar anúncios e eu com a parte da redação e tudo o mais. Em pouco tempo,<br />

contudo, Alceu ‘esfriou’ e eu tive que assumir tudo”.<br />

O jornal foi fundado em 15 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1997, funcionando ininterruptamente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então.<br />

Almyr diz que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fundação até hoje, o jornal é composto por ele, pelo fotógrafo e pelos<br />

colaboradores, que nada recebem por seus textos. Segundo Carvalho, são profissionais<br />

realizados em outras ativida<strong>de</strong>s, mas <strong>de</strong> ótimo conteúdo intelectual. “Eles escrevem por i<strong>de</strong>alismo e<br />

para manter contato com seus conterrâneos.<br />

Tudo <strong>de</strong> graça. Outro <strong>de</strong>talhe: ninguém tem curso <strong>de</strong> Jornalismo”. Porém, Almyr e Alvimar<br />

(um dos colaboradores) têm registro como jornalistas <strong>no</strong> Ministério do Trabalho, com todos os<br />

direitos inerentes aos diplomados.<br />

Sobre os colaboradores, Almyr salienta o fato <strong>de</strong> serem muito profissionais: “Temos<br />

colaboradores graciosos, a exemplo da eco<strong>no</strong>mista Ângela Penalva, professora <strong>de</strong> pós-graduação da<br />

UERJ, que, evi<strong>de</strong>ntemente, escreve sobre eco<strong>no</strong>mia nacional e mundial;

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