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Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

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Pouco tempo se passou para que A Tribuna fosse comprada pelo grupo João <strong>Santo</strong>s, que já<br />

tinha adquirido também a fábrica <strong>de</strong> cimento Nassau, antiga Barbará, da Prefeitura <strong>de</strong> Cachoeiro<br />

<strong>de</strong> Itapemirim. “Nessa compra foi feito um acordo com o Gover<strong>no</strong> do Estado, que <strong>de</strong>terminava a<br />

isenção <strong>de</strong> impostos durante 20 <strong>a<strong>no</strong>s</strong> para a empresa. Porém, com a indicação <strong>de</strong> Cristia<strong>no</strong><br />

Dias Lopes Filho como governador biônico do Estado, esse privilégio estava com os dias contados.<br />

Com o intuito <strong>de</strong> bater <strong>de</strong> frente com o Gover<strong>no</strong>, João se preocupou com seu fortalecimento<br />

político <strong>de</strong>ntro do pa<strong>no</strong>rama estadual, comprando, assim, um veículo <strong>de</strong> comunicação”, disse Pedro<br />

Maia, colunista <strong>de</strong> A Tribuna que vivenciou esse período. A<strong>no</strong>s mais tar<strong>de</strong>, essa idéia<br />

mostrouse uma atitu<strong>de</strong> acertada, diante dos fatos que se suce<strong>de</strong>ram.<br />

João <strong>Santo</strong>s Filho possuía aspirações políticas, mas tinha também a idéia <strong>de</strong> fazer uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

comunicação, e, agora que já possuía o jornal, visava a expandir seus investimentos. Em<br />

<strong>de</strong>corrência <strong>de</strong>sse i<strong>de</strong>al, surgiram, <strong>a<strong>no</strong>s</strong> <strong>de</strong>pois, a rádio e a TV Tribuna.<br />

Funcionando, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua fundação, na Avenida Jerônimo Monteiro, A Tribuna passa a operar<br />

em outro lugar a partir <strong>de</strong> 1971, transferindo sua se<strong>de</strong> para uma pequena rua <strong>no</strong> Centro <strong>de</strong><br />

Vitória, chamada Nélson Monteiro. Ali, permanece por pouco tempo.<br />

Logo muda para seu espaço atual: rua Joaquim Plácido da Silva, 225, na Ilha <strong>de</strong> Santa Maria.<br />

... e saiu pela culatra<br />

No dia 25 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1981, entre 2h10 e 2h30 da madrugada, A Tribuna foi vítima <strong>de</strong> um<br />

atentado. Ocorreram duas explosões e um conseqüente incêndio que <strong>de</strong>struiu completamente o<br />

Departamento <strong>de</strong> Circulação e o Arquivo do jornal. O atentado – um tanto quanto nebuloso – até<br />

hoje não teve explicações ou provas concretas, e as informações (<strong>de</strong>sencontradas) que constam é<br />

<strong>de</strong> que alguém passando pela rua teria jogado um coquetel Molotov por uma janela na se<strong>de</strong> da<br />

empresa.<br />

Segundo pessoas que lá trabalhavam na ocasião, a provável intenção era <strong>de</strong>struir o maquinário<br />

do jornal, o que implicaria a suspensão das suas ativida<strong>de</strong>s. Entretanto, o alvo não foi atingido,<br />

o que possibilitou que o jornal fosse impresso e vendido, mesmo com um pouco <strong>de</strong> atraso, na<br />

manhã daquele lamentável dia.

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