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Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

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Período ditatorial<br />

Posição<br />

No dia 29 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1976, com o lema “A imprensa in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte é a única alternativa”, é<br />

lançada, <strong>no</strong> <strong>Espírito</strong> <strong>Santo</strong>, a primeira edição do jornal Posição. Com a pretensão <strong>de</strong> ser um<br />

jornal diferente dos tradicionais veículos <strong>de</strong> comunicação da época, a primeira edição traz as suas<br />

justificativas sob um editorial intitulado “Um jornal do leitor”:<br />

Afinal, POSIÇÃO saiu. E está em suas mãos. Será POSIÇÃO<br />

um jornal diferente? Sim. Porque é um jornal <strong>de</strong> jornalistas. E<br />

não <strong>de</strong> um industrial, <strong>de</strong> um empresário. E também porque<br />

queremos que, <strong>de</strong>ste jornal, o leitor faça o seu jornal.<br />

Participando como quiser e pu<strong>de</strong>r. Escrevendo crônicas,<br />

poesias ou reportagens, <strong>de</strong>senhando ilustrações, criticando o<br />

<strong>no</strong>sso trabalho ou estimulando a <strong>no</strong>ssa posição.<br />

Desse diálogo entre leitor e jornalista nascera, com certeza,<br />

uma <strong>no</strong>tícia mais representativa das aspirações do leitor. Das<br />

suas aspirações. E das <strong>de</strong> seus amigos. E <strong>de</strong> sua comunida<strong>de</strong>.<br />

O jornal, portanto, será aberto: suas <strong>no</strong>tícias serão<br />

importantes porque serão as <strong>no</strong>tícias do leitor. Este, <strong>no</strong><br />

momento, <strong>no</strong>s parece o método mais <strong>de</strong>mocrático <strong>de</strong> fazer<br />

jornal.<br />

Além <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar clara a sua posição em relação à forma <strong>de</strong> se fazer jornal, <strong>de</strong>stacando a<br />

importância da participação do leitor, o Posição ressalta ainda os porquês <strong>de</strong> ser um jornal<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, quinzenal e “atrasado”:<br />

O <strong>no</strong>sso jornal é um jornal in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte. O que é que isso<br />

significa? Uma vez mais, isso vai <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> nós,<br />

jornalistas, e <strong>de</strong> você, leitor. A idéia <strong>de</strong> fazer um jornal <strong>de</strong><br />

jornalistas parece inegavelmente boa. Boa porque, <strong>de</strong>ssa<br />

forma, a <strong>no</strong>tícia divulgada não obe<strong>de</strong>cerá a interesses<br />

estranhos aos do <strong>jornalismo</strong> propriamente dito. Mas, em<br />

compensação, sem uma estrutura empresarial sólida, <strong>no</strong>s será<br />

muito mais difícil sustentar o jornal. Depen<strong>de</strong>mos<br />

essencialmente do leitor.

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