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Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

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“Esta é a paixão que você não imagina, a pelada <strong>de</strong> periferia”, disse Lena Azevedo. A<br />

jornalista afirma que muitas pessoas compravam o Notícia Agora para ver foto do time do bairro.<br />

A fórmula <strong>de</strong>u tão certo que perdura até hoje na seção “Torcida Agora”.<br />

Em termos <strong>de</strong> diagramação, o jornal i<strong>no</strong>vou com a logomarca “flutuante”. Tratava-se <strong>de</strong> uma<br />

tendência vinda <strong>de</strong> diários internacionais, <strong>no</strong>s quais, a cada dia, o <strong>no</strong>me do jornal localizava-se em<br />

pontos diferentes da primeira página.<br />

Do segundo para o terceiro a<strong>no</strong>, os responsáveis pelo Notícia Agora optaram por não usar<br />

mais a logomarca flutuante, alegando que isso po<strong>de</strong>ria prejudicar a visualização do jornal pelo<br />

público.<br />

Outro elemento i<strong>no</strong>vador foi a contratação <strong>de</strong> jovens <strong>de</strong>senhistas <strong>de</strong> Carapina que faziam<br />

quadrinhos. “Pagávamos um valor quase simbólico, mas era importante para eles. Era um<br />

trabalho <strong>de</strong> muita qualida<strong>de</strong>. Pretendíamos conquistar o público jovem”, frisou Lena Azevedo.<br />

A seção dos <strong>de</strong>senhistas <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> existir, pois o público achava os <strong>de</strong>senhos muito<br />

“sangrentos”.<br />

A crise em pauta<br />

Foi aquele boom inicial. O Notícia Agora vendia mais que picolé na praia em dia quente.<br />

Seis meses após o lançamento, ele oferecia preço acessível (R$ 0,30), promoções interessantes e o<br />

principal, conteúdo similar ao dos <strong>de</strong>mais jornais do Estado.<br />

O jornal tinha 48 páginas diárias e conquistou leitores dos outros jornais, além <strong>de</strong> formar um<br />

público que antes não tinha acesso a jornal algum. O sucesso, <strong>no</strong> entanto, transformou-se em uma<br />

crise interna cujo pico está entre os <strong>a<strong>no</strong>s</strong> <strong>de</strong> 2002-2004.<br />

“Tivemos uma baixa com uma crise em todo cenário jornalístico do Brasil”, <strong>de</strong>stacou a editora<br />

Sandra Aguiar. A Re<strong>de</strong> Gazeta, em específico, tinha comprado equipamentos financiados em dólar<br />

e viu, <strong>de</strong> uma hora para outra, a dívida aumentar em três vezes.<br />

“O Notícia Agora teve que aumentar <strong>de</strong> preço, diminuiu o número <strong>de</strong> páginas e per<strong>de</strong>u parte<br />

<strong>de</strong> sua equipe. Foi geral: a Abril <strong>de</strong>mitiu mais <strong>de</strong> 40”, disse Sandra, sobre o processo <strong>de</strong><br />

enxugamento do jornal.

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