16.04.2013 Views

Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

que pensa Robson Moreira: “O conselho não fez com que o jornal <strong>de</strong>ixasse <strong>de</strong> ser jornal. Ao<br />

contrário, caracterizou-o ainda mais, porque a idéia do conselho era <strong>no</strong>rmatizar e dar voz a<br />

representantes da socieda<strong>de</strong> ou da comunida<strong>de</strong>. A socieda<strong>de</strong> não é feita somente <strong>de</strong> jornalistas, e as<br />

pessoas se sentiam presentes nas edições, isso <strong>de</strong>u a essência do jornal”.<br />

A terceira e última fase está situada <strong>no</strong> a<strong>no</strong> <strong>de</strong> 1979. Mais especificamente, a partir <strong>de</strong> maio,<br />

quando o jornal passa por uma “mudança radical e profunda”, como é possível verificar <strong>no</strong><br />

editorial da edição <strong>de</strong> número 53 do dia 4 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1979:<br />

A teorização – como alguns preferirão chamar toda a<br />

argumentação acima – tem também uma justificativa:<br />

acontece que nós, a equipe que faz Posição, resolvemos com<br />

base numa análise <strong>de</strong>talhada, séria, conseqüente e profunda<br />

da realida<strong>de</strong> e da conjuntura, assumirmos os riscos e<br />

as conseqüências <strong>de</strong> uma mudança profunda e radical.<br />

O radical muda, já dissemos, citando Paulo Freire, quando<br />

constata um erro ou equívoco ou quando a conjuntura muda.<br />

Nessas situações, sua análise, sua prática e sua postura<br />

também mudam.<br />

Nós, <strong>de</strong> Posição, com base <strong>no</strong> trabalho, nas posições, nas<br />

posturas e nas práticas assumidas durante esses dois <strong>a<strong>no</strong>s</strong> e<br />

meses <strong>de</strong> uma existência sofrida e encarada sempre com luta,<br />

<strong>de</strong>stemor e <strong>de</strong>scomprometimento, reivindicamos e<br />

fazemos mesmo questão <strong>de</strong> assumirmos a qualificação (ou<br />

o ‘rótulo’, o ‘estigma’, a ‘pecha’, ou até o xingamento como<br />

muitos classificarão), <strong>de</strong> radicais – com todos os riscos e<br />

conseqüências que disso possa advir.<br />

A conjuntura mudou. Assim, não faz sentido continuarmos os<br />

mesmos [...] A conjuntura política, social e econômica<br />

mudou. O Brasil <strong>de</strong> hoje não é mais o Brasil <strong>de</strong> há dois <strong>a<strong>no</strong>s</strong>.<br />

O ‘milagre’ acabou. A crise do petróleo, a crise do<br />

capitalismo internacional, a crise econômica interna do país,<br />

aliados a ‘fissuras’ e ‘rachaduras’ internas do sistema,<br />

somados às pressões populares, trabalham todos,<br />

rapidamente, para quebrar e arrebentar com tudo isso.<br />

Para quebrar e arrebentar com a ditadura.<br />

Visto que esse último momento se concentra, basicamente, <strong>no</strong> a<strong>no</strong> <strong>de</strong> 1979 e que esse período<br />

<strong>no</strong>s apresenta marcos históricos <strong>no</strong> que diz respeito ao regime militar vigente, consi<strong>de</strong>ramos

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!