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Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

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fazer um <strong>jornalismo</strong> diferente e tornar a publicação uma opção <strong>no</strong> mercado editorial capixaba para<br />

quem quisesse ler sobre a cultura que ultrapassa o âmbito <strong>de</strong> eventos – já muito explorado por aqui.<br />

“Era um interesse antigo trabalhar com mídia impressa e, principalmente, cultural. Tentamos usar<br />

a história criticamente, com opinião, para <strong>de</strong>scobrir formas <strong>de</strong> fazer um <strong>jornalismo</strong> cultural, para<br />

falar também <strong>de</strong> comportamento e <strong>de</strong> forma a interessar o púbico jovem. Julgamos que havia um<br />

mercado possível e estamos tentando”, afirmam.<br />

O primeiro número, lançado <strong>no</strong> dia 11 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2005, evi<strong>de</strong>ncia essa proposta <strong>no</strong> editorial<br />

assinado por Rafael:<br />

Dizer que alguma coisa era importada, antes <strong>de</strong> se tornar uma<br />

fala quase que sem sentido prático, já significou qualida<strong>de</strong>.<br />

Mais recentemente, uma lógica igualmente limitada <strong>de</strong> ter que<br />

gostar disso ou daquilo ‘porque é capixaba’ só serviu para<br />

ven<strong>de</strong>r alguns CDs e refrigerantes, antes <strong>de</strong> se tornar motivo<br />

<strong>de</strong> piada. Entre a cruz do congo e a espada da<br />

Quase, procuramos uma linguagem para falar <strong>de</strong><br />

produção cultural, que seja simplesmente honesta, criativa<br />

e interessante. Vamos ver <strong>no</strong> que vai dar!<br />

Com dois números publicados e um terceiro a caminho, a Couché tem uma tiragem <strong>de</strong> 2 mil<br />

exemplares em cada edição, distribuídos para 300 bancas da Gran<strong>de</strong> Vitória. Segundo Rafael,<br />

a primeira edição teve uma saída <strong>de</strong> 20% nas bancas: “Essa porcentagem é uma ótima faixa para<br />

revistas <strong>no</strong>s primeiros cinco <strong>a<strong>no</strong>s</strong>”.<br />

As principais dificulda<strong>de</strong>s, segundo os editores, são para firmar a marca Couché como revista<br />

cultural <strong>no</strong> mercado e, claro, para conseguir investimentos. Devido a isso, a revista está<br />

concorrendo na Lei Rubem Braga.<br />

Com um mercado consi<strong>de</strong>rado fechado e sem tradição <strong>de</strong> revistas locais, o <strong>Espírito</strong> <strong>Santo</strong><br />

continua recebendo produções editoriais inventivas e direcionadas ao público jovem. Realizadas<br />

por uma <strong>no</strong>va geração interessada em superar a mentalida<strong>de</strong> provinciana <strong>de</strong> que é impossível<br />

produzir publicações <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>no</strong> Estado, resta saber se essas revistas confirmarão uma<br />

tendência <strong>de</strong> sucesso ou ficarão na história do que po<strong>de</strong>ria ter sido.

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