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Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

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Os primórdios da Imprensa <strong>no</strong> <strong>Espírito</strong> <strong>Santo</strong><br />

Andressa Zanandrea e Lucia<strong>no</strong> Frizzera<br />

O historiador Heráclito Amâncio Pereira reuniu, em um inventário, dados sobre jornais,<br />

revistas e outras publicações impressas que circulavam em todo o Estado do <strong>Espírito</strong> <strong>Santo</strong> <strong>no</strong><br />

período compreendido entre 1840 e 1926. O trabalho A Imprensa <strong>no</strong> <strong>Espírito</strong> <strong>Santo</strong> foi publicado<br />

pelo Instituto Histórico e Geográfico do <strong>Espírito</strong> <strong>Santo</strong> e apresentado <strong>no</strong> oitavo Congresso <strong>de</strong><br />

Geografia, em 1926. Na ocasião, foi consi<strong>de</strong>rado um “estudo cuidadoso <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> alcance para a<br />

vida social e política do <strong>Espírito</strong> <strong>Santo</strong>”.<br />

No trabalho estão registradas mais <strong>de</strong> 400 publicações. Possivelmente havia outras, mas, já<br />

naquela época, havia dificulda<strong>de</strong> em se encontrar os exemplares, sendo esses os que foram<br />

encontrados por Heráclito Amâncio Pereira. Esta foi a primeira catalogação da imprensa capixaba.<br />

O que havia sido feito anteriormente era <strong>de</strong>ficiente e permeado <strong>de</strong> erros.<br />

Como po<strong>de</strong>mos perceber ao longo do inventário, logo que as primeiras tipografias chegaram<br />

ao <strong>Espírito</strong> <strong>Santo</strong>, havia poucas publicações. O número foi se expandindo com o passar dos <strong>a<strong>no</strong>s</strong>, e<br />

a tiragem dos periódicos também foi aumentando. Entre 1840 e 1860, foram publicados apenas 13<br />

jornais. A partir <strong>de</strong> 1880, os números começam a ficar mais expressivos. Entre 1880 e<br />

1900, surgiram 100 jornais. Mas, <strong>de</strong> 1900 a 1926, o número foi mais que o triplo: 320 publicações.<br />

Apesar do gran<strong>de</strong> número, foram poucos os que perduraram. Muitos publicaram somente<br />

uma edição e gran<strong>de</strong> parte não durou mais que um a<strong>no</strong> – lembrando que a maioria <strong>de</strong>les não saía<br />

diariamente.<br />

Com o material que temos em mãos, não somos capazes <strong>de</strong> fazer amplas análises. Mas, ao<br />

longo do texto, po<strong>de</strong>mos apontar os vínculos mantidos por esses jornais, como os políticos e os<br />

<strong>de</strong> classe. No entanto, muitos <strong>de</strong>sses periódicos não existiam por razões políticas, mas somente<br />

como órgãos escolares, publicações <strong>de</strong>stinadas às mulheres ou puramente humorísticas.<br />

Em 1840, houve a primeira tentativa <strong>de</strong> se estabelecer um jornal <strong>no</strong> Estado. Em 15 <strong>de</strong><br />

setembro, o alferes Ayres Vieira <strong>de</strong> Albuquerque Tovar firmou contrato com o Gover<strong>no</strong><br />

Provincial para publicar atos oficiais. Assim, fundou O Estafeta, na Capital do <strong>Espírito</strong> <strong>Santo</strong>.

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