16.04.2013 Views

Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

tentado fazer. Os veículos impressos têm futuro e têm espaço. O que estamos vivendo é um<br />

processo <strong>de</strong> adaptação à convivência com o <strong>no</strong>vo veículo: a internet”.<br />

Em <strong>no</strong>ssa pesquisa, pu<strong>de</strong>mos i<strong>de</strong>ntificar várias fases pelas quais passou A Gazeta. O capítulo<br />

seguirá essa divisão: “A Gazeta Política”, “A Gazeta Empresarial” e “A Gazeta Contemporânea”. É<br />

esta a história que preten<strong>de</strong>mos traçar nas páginas que se seguem.<br />

A Gazeta Política<br />

As primeiras décadas do século passado representam um momento em que o <strong>Espírito</strong> <strong>Santo</strong><br />

estava atrasado eco<strong>no</strong>micamente em relação ao restante do País. Contudo, data <strong>de</strong>ssa época o boom<br />

da cafeicultura <strong>no</strong> Estado, o que lhe proporciona um lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque <strong>no</strong> cenário econômico<br />

nacional. Esse é um momento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> euforia. Vitória cresce e o Estado vive uma fase importante<br />

da sua história.<br />

O jornal A Gazeta surge nesse contexto, sendo fundado, em 11 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 19, pelo<br />

empresário Ostílio Ximenes, do<strong>no</strong> da Imobiliária Cambury, e pelo advogado, professor, jornalista<br />

e político Adolpho Luis Thiers Vellozo. O jornal foi criado porque Ximenez possuía um loteamento<br />

em Camburi e <strong>de</strong>sejava vendê- lo por meio <strong>de</strong> anúncios em jornal. O loteamento não foi vendido,<br />

mas o jornal teve boa aceitação e continuou como uma opção <strong>de</strong> negócio.<br />

Um episódio marcante <strong>de</strong>ssa fase inicial <strong>de</strong>u-se durante a Revolução <strong>de</strong> 30, em 13 <strong>de</strong><br />

fevereiro, conhecido como “Dia do Empastelamento”. Na época, A Gazeta <strong>de</strong>fendia a Aliança<br />

Liberal contra o Gover<strong>no</strong> e apoiava a candidatura <strong>de</strong> Getúlio Vargas à Presidência do Brasil. Ao<br />

longo da campanha, houve algumas manifestações bastante violentas, como o tiroteio <strong>no</strong> Colégio<br />

do Carmo, Centro <strong>de</strong> Vitória. A manchete <strong>de</strong> A Gazeta sobre o fato fora a seguinte: “13 <strong>de</strong> fevereiro<br />

<strong>de</strong> 1930. Data que se <strong>de</strong>senha em sangue na história do <strong>Espírito</strong> <strong>Santo</strong>, perpetuando a<br />

pusilanimida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um gover<strong>no</strong>”. Revoltados, partidários situacionistas invadiram a se<strong>de</strong> do jornal e<br />

impediram que a edição do dia seguinte continuasse a ser rodada. A Gazeta foi proibida <strong>de</strong><br />

circular, voltando apenas seis meses <strong>de</strong>pois, ainda sob a direção da família Vellozo.<br />

Com o fim da Segunda Guerra, A Gazeta foi vendida a Eleosip- po Rodrigues da Cunha,<br />

fazen<strong>de</strong>iro <strong>de</strong> São Mateus. O <strong>no</strong>vo proprietário tinha o propósito <strong>de</strong> utilizar o jornal para fazer

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!