16.04.2013 Views

Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Uma voz fragmentada: muito mais <strong>de</strong>safios que perspectivas<br />

Uma das questões a serem pensadas sobre o <strong>jornalismo</strong> sindical como um todo é a<br />

fragmentação dos veículos impressos. Segundo Vito Gia<strong>no</strong>tti, se juntássemos todos os boletins e<br />

jornais feitos pelos sindicatos, teríamos um verda<strong>de</strong>iro jornal nacional, pois essas produções<br />

somam, aproximadamente, sete milhões <strong>de</strong> exemplares semanais. Os jornais e informativos, porém,<br />

encontram- se dispersos, esporádicos. É perfeitamente compreensível que cada movimento popular<br />

e social e cada sindicato tenha suas próprias <strong>de</strong>mandas a partir <strong>de</strong> um contexto regional, mas é<br />

uma pena realmente que, <strong>de</strong> fato, essa imprensa esteja fragmentada e com a história não muito bem<br />

preservada. Prova disso é a própria pesquisa que culmi<strong>no</strong>u na elaboração <strong>de</strong>ste capítulo.<br />

Seria praticamente impossível resgatar a memória <strong>de</strong> toda a imprensa sindical capixaba, uma vez<br />

que muitas <strong>de</strong>ssas reminiscências já estão esquecidas/perdidas.<br />

Outra questão é a produção, <strong>de</strong> fato, <strong>de</strong> um veículo impresso <strong>de</strong>sse porte. Por mais que a<br />

comunicação sindical possa ser inserida num contexto alternativo, há algumas diferenças entre ela<br />

e a comunicação popular, por exemplo. Aí está a gran<strong>de</strong> dúvida: o alternativo só estaria impregnado<br />

<strong>no</strong> perfil i<strong>de</strong>ológico do projeto editorial? Alternativo não seria, também, se a base pu<strong>de</strong>sse<br />

produzir seu próprio meio <strong>de</strong> comunicação, ao invés <strong>de</strong> somente ter o produtor do jornal, <strong>no</strong> caso<br />

um jornalista responsável, como seu interlocutor?<br />

É fato que, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> cada categoria ter suas próprias ban<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> luta, verifica-<br />

se um período <strong>de</strong> refluxo após a efervescência do sindicalismo na década <strong>de</strong> 80. E este<br />

certo retrocesso, “muitos dizem por aí”, <strong>de</strong>ve-se à perda <strong>de</strong> um referencial.<br />

O que buscamos, como movimento social, para eclodir numa agitação em massa? O que falta<br />

para nós, enquanto socieda<strong>de</strong> civil, aglutinarmos forças em uma luta uníssona?<br />

O Alfabeto certo<br />

Ao longo <strong>de</strong> <strong>no</strong>ssa pesquisa <strong>no</strong>s acervos <strong>de</strong> Vitória, conseguimos coletar um consi<strong>de</strong>rável material<br />

impresso. Reunimos uma amostra significativa do que foi a produção alternativa <strong>no</strong>s últimos, digamos,<br />

30 <strong>a<strong>no</strong>s</strong>. Folheando tais publicações, em especial aquelas dos idos <strong>de</strong> 70 para 80, características dos

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!