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Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

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A edição ven<strong>de</strong>u 11 mil exemplares, o que, segundo seu exdiretor, ainda é um recor<strong>de</strong> em<br />

termos editoriais <strong>no</strong> Estado. Na Carta do Editor <strong>de</strong>ste número, Erildo <strong>de</strong>sabafou:<br />

[...] Mas temos que admitir que é difícil fazer <strong>jornalismo</strong> on<strong>de</strong><br />

as pessoas não acreditam, não respeitam e não conhecem o<br />

trabalho do repórter. As autorida<strong>de</strong>s, principalmente. [...]<br />

Mas, o fato é que continuaremos a luta. As razões <strong>de</strong> não<br />

po<strong>de</strong>rmos divulgar todos os <strong>no</strong>mes dos ‘elegantes ladrões’,<br />

que a polícia conhece – e o fato <strong>de</strong> estarmos furiosos com isso<br />

– <strong>no</strong>s dão a sensação <strong>de</strong> que estamos fazendo <strong>jornalismo</strong><br />

sério, sem radicalismos, maduro, sem vícios provinci<strong>a<strong>no</strong>s</strong>.<br />

A imprensa <strong>de</strong>ste Estado precisa nivelar por cima.<br />

Por baixo, já estamos cheios.<br />

Segundo Erildo, “as publicações duravam mais ou me<strong>no</strong>s uns quatro <strong>a<strong>no</strong>s</strong>. Às vezes, saíam <strong>de</strong><br />

circulação por falta <strong>de</strong> dinheiro e <strong>de</strong>pois voltavam a circular. Duravam, geralmente, o tempo <strong>de</strong><br />

o Gover<strong>no</strong> Estadual mudar. Isto porque era difícil conseguir anúncios e, se o Gover<strong>no</strong> não tivesse<br />

uma boa relação com a revista, ela não vingava por muito tempo”. Isto não significava,<br />

entretanto, que a revista temia criticar o Gover<strong>no</strong> e as gran<strong>de</strong>s empresas, consi<strong>de</strong>ra Erildo.<br />

Já em abril <strong>de</strong> 1984, o mesmo Erildo dos Anjos, ex-editor <strong>de</strong> Agora, lançou com Antonio<br />

Cláudio <strong>de</strong> Oliveira a Revista do <strong>Espírito</strong> <strong>Santo</strong>. No primeiro editorial, com o título “Verda<strong>de</strong> e<br />

I<strong>de</strong>alismo”, Erildo expôs a proposta da revista:<br />

A pretensão explícita nesse editorial <strong>de</strong> ultrapassar as fronteiras do Estado não foi alcançada.<br />

Segundo Erildo, já era bastante difícil divulgar a revista <strong>no</strong> próprio <strong>Espírito</strong> <strong>Santo</strong>, já que,<br />

geralmente, os próprios jornalistas e editores viajavam para levar os exemplares para o interior.<br />

“REVISTA do <strong>Espírito</strong> <strong>Santo</strong> chega hoje às bancas com a<br />

mesma preocupação que tinha Shaw <strong>de</strong> transformar o<br />

<strong>jornalismo</strong> numa permanente busca da verda<strong>de</strong>. E com a<br />

mesma coragem do homem que, embora consciente <strong>de</strong> sua<br />

fragilida<strong>de</strong>, consegue ser forte o suficiente para superar-se,<br />

não só porque acredita numa idéia como também porque é o<br />

único animal capaz <strong>de</strong> sacrificar-se por um i<strong>de</strong>al. Numa época<br />

<strong>de</strong> crise como a atual, quando o po<strong>de</strong>roso grupo João <strong>Santo</strong>s<br />

fecha A Tribuna, um jornal <strong>de</strong> 46 <strong>a<strong>no</strong>s</strong>, e A Gazeta, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

58 <strong>a<strong>no</strong>s</strong> <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, faz sérias contenções <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas,

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