16.04.2013 Views

Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

No dia seguinte a uma luta vitoriosa, o resultado se faz sentir.<br />

O salário aumentou. A carga horária diminuiu” (Santiago &<br />

Gia<strong>no</strong>tti, 1987, p. 42).<br />

Mais do que abordar assuntos relacionados à categoria (chavão usado por 10 entre 10<br />

sindicalistas), o <strong>jornalismo</strong> sindical tem (ou <strong>de</strong>veria ter) a missão, digamos, oftalmológica <strong>de</strong> dar<br />

interpretações mais críticas <strong>de</strong> mundo aos “olhos embotados <strong>de</strong> cimento, lágrima e tráfego” (como<br />

canta Chico Buarque) dos trabalhadores brasileiros.<br />

On<strong>de</strong> encaixar, então, o <strong>jornalismo</strong> sindical neste livro senão <strong>no</strong> espaço conquistado pelo filho<br />

caçula e, a princípio, não planejado – porém muito querido quando concebido –, como este capítulo<br />

<strong>de</strong>dicado à imprensa alternativa capixaba? Afinal, a imprensa sindical também é alternativa? A<br />

seguir, uma pequena análise sobre a caminhada <strong>de</strong> um importante setor da socieda<strong>de</strong>, o<br />

sindicalismo. As conclusões ficam por sua conta, leitor, porque nós mesmos ainda não chegamos a<br />

elas.<br />

O boom do sindicalismo: do peleguismo às li<strong>de</strong>ranças combativas<br />

Em sintonia com o movimento nacional, as forças sindicais capixabas tomaram um <strong>no</strong>vo rumo<br />

a partir do final da década <strong>de</strong> 1970. A movimentação, inicialmente localizada <strong>no</strong> ABC<br />

Paulista, difundiu seus efeitos para várias localida<strong>de</strong>s do País, configurando um <strong>no</strong>vo momento na<br />

história sindical brasileira, conhecido como “<strong>no</strong>vo sindicalismo”. Uma vez que o País ainda vivia<br />

sob a égi<strong>de</strong> do militarismo, as estruturas sindicais vigentes se contrapunham à política trabalhista do<br />

gover<strong>no</strong> autoritário. A intervenção estatal – sustentada pela Consolidação das Leis<br />

Trabalhistas (CLT) – nas relações <strong>de</strong> trabalho era presente <strong>no</strong> cotidia<strong>no</strong> dos trabalhadores, os quais<br />

reivindicavam a negociação coletiva entre sindicatos e empregadores sem a intervenção do Estado;<br />

o direito irrestrito à greve; liberda<strong>de</strong> e auto<strong>no</strong>mia sindical; e a organização dos assalariados <strong>no</strong> local<br />

<strong>de</strong> trabalho (Colbari, 2003).<br />

No <strong>Espírito</strong> <strong>Santo</strong>, grupos da oposição sindical <strong>no</strong> campo e na cida<strong>de</strong>, juntamente com<br />

trabalhadores assalariados (em especial, médicos, professores, bancários e jornalistas)<br />

protagonizaram o movimento <strong>de</strong> re<strong>no</strong>vação sindical <strong>no</strong> Estado. De acordo com o diretor da TV

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!