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Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

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em 1979, <strong>de</strong> O Araçá (dos Ferroviários), em 1981, e do Informativo Metalúrgico (que <strong>de</strong>pois virou<br />

Boca <strong>de</strong> For<strong>no</strong>), dos trabalhadores da Companhia Si<strong>de</strong>rúrgica <strong>de</strong> Tubarão (CST), que reforçaram<br />

o movimento <strong>de</strong> oposição já em 1984 – além do Boletim Ferramenta.<br />

Como esses informativos impressos eram manifestações relativamente isoladas, ou seja, não<br />

tinham uma periodicida<strong>de</strong> muito concreta – uns ainda eram mensais, mas outros saíam por causa <strong>de</strong><br />

uma data específica ou quando o grupo tivesse verba –, não <strong>no</strong>s <strong>de</strong>dicamos a relatar as experiências<br />

distintas <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong>les.<br />

Reconhecemos, entretanto, a importância <strong>de</strong> cada veículo como contribuição para a<br />

comunicação alternativa na época, uma vez que o conteúdo propagado nesses informativos<br />

dificilmente seria veiculado pela imprensa comercial do <strong>Espírito</strong> <strong>Santo</strong>.<br />

Toda a movimentação <strong>no</strong> final da década <strong>de</strong> 1970 e início <strong>de</strong> 1980 resultou em alguns<br />

Encontros <strong>de</strong> Classes Trabalhadoras (Enclats), que reuniam várias entida<strong>de</strong>s e sindicalistas<br />

dispostos a formar grupos <strong>de</strong> oposição para tomar os sindicatos das mãos dos pelegos, o que, ao<br />

final, acabaria com a criação <strong>de</strong> uma central <strong>de</strong> trabalhadores. Mesmo <strong>no</strong>s grupos oposicionistas,<br />

diferentes frentes político-i<strong>de</strong>ológicas eram encontradas, mas, ainda assim, disputavam a li<strong>de</strong>rança<br />

sindical. O primeiro Enclat-ES (os encontros aconteciam em todo o País) foi em agosto <strong>de</strong> 1981, e,<br />

na ocasião, foi criada uma comissão Pró-CUT/ES. O segundo Enclat foi em junho <strong>de</strong> 1982, com o<br />

objetivo <strong>de</strong> preparar a fundação da Central Única dos Trabalhadores. Esta, por sua vez, foi fundada<br />

em <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1983, resultante da Conferência Nacional das Classes Trabalhadoras (Conclat), em<br />

São Bernardo do Campo (SP). No <strong>Espírito</strong> <strong>Santo</strong>, em maio <strong>de</strong> 1984, a Comissão Nacional da CUT<br />

organizou o primeiro Ceclat (Congresso Estadual da Classe Trabalhadora <strong>no</strong> <strong>Espírito</strong> <strong>Santo</strong>).<br />

Assim, estava sendo criada a CUT/ES, reunindo, a princípio, trabalhadores do campo, da<br />

construção civil, ferroviários e comerciários. Estes últimos foram os primeiros a se filiar à Central,<br />

cuja direção ficou a cargo do então presi<strong>de</strong>nte do Sindicomerciários da época, João Coser, hoje<br />

prefeito <strong>de</strong> Vitória e militante do Partido dos Trabalhadores. A partir da criação da CUT, os rumos<br />

do sindicalismo começaram a se “estabilizar”. As diretorias sindicais pelegas foram per<strong>de</strong>ndo<br />

espaço para a oposição. Os sindicatos, conseqüentemente, ficaram mais fortes e pretendiam <strong>de</strong>ixar<br />

o caráter corporativista e assistencialista para trás.

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