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Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

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Se um grupo político tem um jornal, se um grupo econômico tem um jornal, é natural que uma<br />

<strong>no</strong>tícia que não esteja <strong>de</strong>ntro dos interesses <strong>de</strong>sses grupos não tenha a cobertura com a<br />

abordagem mais a<strong>de</strong>quada jornalisticamente. Procuramos ser uma empresa sólida, sadia<br />

financeiramente para fazermos um bom <strong>jornalismo</strong>, sem termos que estar vinculados a interesses<br />

econômicos. Nosso negócio gran<strong>de</strong> é este aqui. Então, temos que fazê-lo bem feito para não dar<br />

errado”.<br />

No entanto, <strong>no</strong>s últimos <strong>a<strong>no</strong>s</strong>, após passar por inúmeras reformas gráficas e editoriais, A<br />

Gazeta reduziu consi<strong>de</strong>ravelmente seu índice <strong>de</strong> vendagem, tendo uma tiragem média atual <strong>de</strong> 50<br />

mil exemplares <strong>no</strong>s domingos e 25 mil em dias úteis.<br />

Para o jornalista Álvaro José Silva, que trabalhou por quase 30 <strong>a<strong>no</strong>s</strong> <strong>no</strong> jornal e foi <strong>de</strong>sligado<br />

durante o processo <strong>de</strong> mudança, isto é resultado <strong>de</strong> uma crise <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação com o leitor:<br />

“A Gazeta precisa se reencontrar com o seu leitor. Perguntar ao leitor o que houve é o caminho mais<br />

seguro e o único caminho que A Gazeta po<strong>de</strong> seguir hoje”.<br />

O editor-executivo André Hees atribui essa queda a uma conjunto <strong>de</strong> fatores: disseminação do<br />

uso da internet, da TV a cabo e do celular, e introdução <strong>de</strong> <strong>no</strong>vos hábitos na classe média, com a<br />

conseqüente perda <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r aquisitivo.<br />

Este é um período <strong>de</strong> adaptação às reformulações pelas quais A Gazeta está passando e<br />

também <strong>de</strong> apostas <strong>no</strong> que concerne à <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> um <strong>no</strong>vo modo <strong>de</strong> se fazer jornal, visando a<br />

ampliar seu público, principalmente entre os jovens. Registre-se que esse segmento é uma incógnita<br />

para o setor impresso, tendo em vista que já nasceu num mundo dominado pelo audiovisual.<br />

Nesse sentido, Hees faz uma análise <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação do <strong>jornalismo</strong> impresso a esse momento<br />

que atravessa a comunicação e sugere propostas para serem seguidas por A Gazeta: “O jornal<br />

sempre terá o seu espaço. A tendência é ser cada vez mais atrativo, criativo. Tem que ter mais<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> análise e interpretação, não basta dar a <strong>no</strong>tícia, porque o fato em si está na internet.<br />

O jornal tem que trazer isto e um pouco mais, apostar em conteúdo exclusivo, em reportagem,<br />

reportagem investigativa, reportagem exclusiva, em análise, em matéria <strong>de</strong> comportamento, em<br />

tendências, em tentar captar as tendências da socieda<strong>de</strong>. Tem que focar cada vez mais <strong>no</strong> amanhã e<br />

não <strong>no</strong> ontem. Tem que dizer o que aconteceu e o que vai acontecer. É o que os jornais têm

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