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Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

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indicamos Peruzzo, Kaplún, Martín-Barbero Contudo, <strong>no</strong> <strong>de</strong>correr do trabalho <strong>de</strong> campo, a<br />

interativida<strong>de</strong> se impôs. Mais do que <strong>no</strong>s <strong>de</strong>bruçarmos sobre livros já publicados, pensamentos já<br />

encerrados e sistematizados, a própria discussão com os entrevistados <strong>de</strong> várias procedências foi<br />

<strong>no</strong>s propiciando o contato com as várias concepções <strong>de</strong> <strong>jornalismo</strong> alternativo e <strong>no</strong>s levando a<br />

construir a <strong>no</strong>ssa própria idéia sobre o meio.<br />

Falamos com alguns protagonistas <strong>de</strong>ssa história <strong>no</strong> Estado e com alguns intelectuais <strong>de</strong> vários<br />

campos do saber que, <strong>de</strong> alguma forma, <strong>de</strong>dicam-se ao estudo sobre o tema, tais como:<br />

Professora Doutora Desirée Cipria<strong>no</strong>, atualmente <strong>no</strong> Departamento <strong>de</strong> Serviço Social da Ufes, ex-<br />

professora <strong>de</strong> Comunicação Social na mesma universida<strong>de</strong>; Professor Paulo Soldatelli,<br />

atualmente <strong>no</strong> Departamento <strong>de</strong> Comunicação Social da Faesa; Professora Doutora Marta Zorzal,<br />

do <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> Ciências Sociais da Ufes; Professora Doutora Beatriz Krohling, atualmente <strong>no</strong><br />

Departamento <strong>de</strong> Serviço Social da Univila (Vila Velha); João Morais, diretor regional do Partido<br />

dos Trabalhadores <strong>no</strong> <strong>Espírito</strong> <strong>Santo</strong>; Ti<strong>no</strong>co dos Anjos, diretor-geral da TVE <strong>no</strong> Estado.<br />

Pega dali, fuça <strong>de</strong> lá, cada um <strong>no</strong>s emprestava o seu retalho, que íamos tratando <strong>de</strong> amarrar<br />

com <strong>no</strong>ssa “linha alternativa”. Ao fim <strong>de</strong>sse trabalho <strong>de</strong> costura, chegamos a algumas conclusões.<br />

São elas:<br />

1) Em meio a tantas divergências, há, <strong>de</strong>stacadamente, um ponto consensual, livre <strong>de</strong> qualquer<br />

contestação: o “jornal alternativo”<br />

não po<strong>de</strong> possuir fins lucrativos. Ainda que seja vendido, os lucros eventualmente angariados<br />

<strong>de</strong>vem servir a causas outras que não empresariais.<br />

2) No que diz respeito a estratégias <strong>de</strong> discurso, os jornais alternativos, quaisquer que sejam as<br />

suas motivações, seguem diametralmente <strong>no</strong> sentido oposto à gran<strong>de</strong> imprensa –<br />

tradicional, conservadora e burocrática –, cujos expoentes contentam-se em refletir-se mutuamente,<br />

atolados que estão em mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> discurso pasteurizados que se (a)fundam em “técnicas<br />

jornalísticas” frias, mecânicas e extremamente aborrecidas.<br />

Assim, em lugar da impessoalida<strong>de</strong>, temos um discurso direto e familiar; em lugar da<br />

objetivida<strong>de</strong> factual, a análise e a reflexão aberta, a argumentação fraterna e dialógica; em lugar da<br />

pretensa isenção (imensa pretensão!), o ponto <strong>de</strong> vista assumido e <strong>de</strong>clarado; em lugar da<br />

neutralida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> uma suposta imparcialida<strong>de</strong> – que, como sabe qualquer calouro <strong>de</strong> Comunicação

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