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Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

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Prefácio<br />

O <strong>jornalismo</strong> impresso capixaba fez história. E continua fazendo. Os i<strong>de</strong>ais republic<strong>a<strong>no</strong>s</strong> foram<br />

propagados entre <strong>no</strong>ssos antepassados também por intermédio <strong>de</strong> uma ação centrada em jornais, na<br />

capital e <strong>no</strong> interior do Estado. A causa republicana configurou-se como um dos gran<strong>de</strong>s motores<br />

do <strong>jornalismo</strong> capixaba na segunda meta<strong>de</strong> do século XIX.<br />

Muniz Freire, o primeiro presi<strong>de</strong>nte eleito do <strong>Espírito</strong> <strong>Santo</strong>, foi um <strong>de</strong>sbravador do<br />

<strong>jornalismo</strong>. Tendo acumulado experiência na Imprensa em Recife e São Paulo, on<strong>de</strong> foi estudar<br />

Direito, Freire, aos 21 <strong>a<strong>no</strong>s</strong>, em 1882, fundava juntamente com Cleto Nunes e Afonso Cláudio o<br />

jornal A Província do <strong>Espírito</strong> <strong>Santo</strong>, em <strong>de</strong>fesa da causa republicana e dos interesses capixabas.<br />

Ao longo do século XX, a imprensa não <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> participar e influir na vida política, social,<br />

econômica e cultural do <strong>Espírito</strong> <strong>Santo</strong>. Cito especialmente o jornal Posição, que teve papel<br />

importante na mobilização política <strong>no</strong>s tempos da ditadura. Juntamente com os companheiros do<br />

movimento estudantil, compartilhei da tarefa <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong>ste jornal que é um capítulo à<br />

parte 8 na história da luta capixaba pela reconstrução da <strong>de</strong>mocracia em <strong>no</strong>sso País.<br />

Também não po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> registrar o relevante papel <strong>de</strong>sempenhado pela Folha<br />

Capixaba, O Diário, A Gazeta, A Tribuna, <strong>de</strong>ntre tantos outros, que marcaram ou marcam <strong>no</strong>sso<br />

cotidia<strong>no</strong>.<br />

No início <strong>de</strong>ste século, por exemplo, <strong>no</strong>sso <strong>jornalismo</strong> impresso fez importantes e corajosas<br />

coberturas que muito contribuíram para que se virasse a página <strong>de</strong> corrupção e assalto da<br />

máquina pública pelo crime organizado, àquela época reinante <strong>no</strong> âmbito dos po<strong>de</strong>res públicos<br />

capixabas.<br />

A Imprensa é um fenôme<strong>no</strong> das socieda<strong>de</strong>s mo<strong>de</strong>rnas, em que se estabelecem os po<strong>de</strong>res<br />

institucionais e organizam-se os movimentos sociais, funcionando o <strong>jornalismo</strong> como um<br />

importante mediador entre as esferas <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e <strong>de</strong>cisão política. Ou seja, a Imprensa é um<br />

elemento crucial à política e à <strong>de</strong>mocracia que o mundo vem constituindo <strong>no</strong>s últimos três séculos.

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