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Impressões Capixabas 165 anos de jornalismo no Espírito Santo

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<strong>de</strong>mocrático e progressista a que havemos <strong>de</strong> chegar. Que<br />

Folha Capixaba seja digna <strong>de</strong>ssa tradição e saiba <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r<br />

com sincerida<strong>de</strong> e inteireza os superiores interesses do povo<br />

espíritosantense e dos Estados vizinhos, é o que almeja - Luiz<br />

Carlos Prestes- 26/04/1945.<br />

O editorial da primeira edição enfatizava a postura que o jornal teria:<br />

Presença.<br />

Folha Capixaba é um jornal do povo. Batalhará<br />

pelos anseios da população <strong>de</strong> todos os recantos do<br />

<strong>no</strong>sso Estado, por me<strong>no</strong>res que eles pareçam,<br />

procurando sempre, com justiça e <strong>de</strong>sassombro, a solução<br />

<strong>de</strong> cada um <strong>de</strong>les.<br />

Problemas populares que necessitam dos<br />

<strong>no</strong>ssos cuidados. Assim sendo, seguiremos sempre<br />

ao encontro da coletivida<strong>de</strong> espírito-santense, levando suas<br />

reivindicações e sugerindo soluções práticas e imediatas. Não<br />

temos quaisquer compromissos que <strong>no</strong>s impeçam <strong>de</strong> lutar<br />

pelas conquistas populares, jornal do povo, nascido do povo,<br />

para aten<strong>de</strong>r exclusivamente à vonta<strong>de</strong> do povo, jamais<br />

daremos lugar às paixões que <strong>no</strong>s afastem <strong>de</strong>ssa linha<br />

<strong>de</strong> conduta.<br />

Assim mostramos a arma com que vamos enfrentar a<br />

luta: - nem o elogio incondicional, nem o ataque sistemático,<br />

pois ambos são incompatíveis com a verda<strong>de</strong>ira <strong>de</strong>mocracia.<br />

Um regime como o que esperamos seja estabelecido <strong>no</strong><br />

Brasil, <strong>de</strong>mocrático e progressista, abrangendo elementos <strong>de</strong><br />

todas as camadas sociais, só po<strong>de</strong>rá ser instituído à base <strong>de</strong><br />

campanhas populares, <strong>de</strong>ntro da or<strong>de</strong>m e da liberda<strong>de</strong>.<br />

Regime que não admite nenhum <strong>de</strong>bate sem a participação do<br />

povo. Dentro <strong>de</strong>sse ponto <strong>de</strong> vista, <strong>no</strong>ssas colunas estarão<br />

sempre abertas, prontas para o levantamento das questões<br />

mais urgentes da nacionalida<strong>de</strong>. Sem exclusivismos<br />

regionalistas, seremos uma ban<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa da terra e do<br />

povo do <strong>Espírito</strong> <strong>Santo</strong>.<br />

Segundo o senhor Clementi<strong>no</strong> Dalmácio, que foi gerente do jornal e membro do “Partidão”, a<br />

Folha Capixaba era um jornal da classe operária, do povo. “Eles participavam do jornal,<br />

levavam reclamação. A Folha Capixaba tor<strong>no</strong>u-se um jornal popular da classe operária. Não fomos<br />

nós que impusemos o jornal, foram eles mesmos que foram trazendo as matérias para publicar”.<br />

O jornal também costumava enfatizar isso nas suas páginas:

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