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programa de pós-graduação em desenvolvimento regional - Unisc

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diretamente relacionado com a variável <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte força, que se constitui na política assim<br />

como os limites que lhe são impostos.<br />

No Rio Gran<strong>de</strong> do Sul a República Nova permaneceu com o mesmo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento, ou seja, baseado na agropecuária. Dessa forma, os agropecuaristas<br />

continuaram no po<strong>de</strong>r e o principal <strong>de</strong>safio <strong>de</strong>ssa nova fase foi encontrar saídas para a crise da<br />

agropecuária que se instalara no Estado. O governo central, a partir <strong>de</strong> 1930, buscou soluções<br />

para amenizar os probl<strong>em</strong>as dos estados, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que estes mantivess<strong>em</strong> os mesmos interesses<br />

do país como um todo. Nesse sentido, os objetivos eram basicamente dois: a integração do<br />

mercado pela articulação das economias regionais e a diversificação da estrutura produtiva da<br />

nação. Os dois, na realida<strong>de</strong>, podiam ser resumidos num único, que era a garantia da<br />

continuida<strong>de</strong> do processo <strong>de</strong> acumulação capitalista no país 594 .<br />

No <strong>de</strong>correr da República Nova a economia brasileira foi reorientada quanto ao rumo<br />

do processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento capitalista <strong>em</strong> curso. Diante da configuração da crise da<br />

agroexportação, que era até então o eixo ativo da acumulação <strong>de</strong> capital no país, foram<br />

tomadas inúmeras medidas no sentido <strong>de</strong> encontrar uma saída para a situação que se<br />

apresentava. No final do período, o novo padrão <strong>de</strong> acumulação já apresentava seus<br />

contornos: a industrialização passara a ser o novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento capitalista no<br />

país 595 .<br />

A mudança <strong>de</strong> uma base agrícola para uma base industrial é consi<strong>de</strong>rado o passo<br />

mais difícil, mas indispensável, para o crescimento econômico. Não há nada que impeça que a<br />

população e a renda per capita cresçam <strong>em</strong> uma região cuja base <strong>de</strong> exportação seja agrícola.<br />

Além disso, não é difícil <strong>de</strong>senvolver a indústria secundária e terciária <strong>em</strong> tal região. Na<br />

socieda<strong>de</strong> gerada pela lavoura do tipo extensivo, com sua distribuição <strong>de</strong> renda muito<br />

<strong>de</strong>sigual, o proprietário <strong>de</strong> terras aplicaria as receitas fiscais a investimentos diretamente<br />

relacionados com o produto básico da região.<br />

594 PESAVENTO, Sandra Jatahy. História do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1994. p. 106.<br />

595 PESAVENTO, Sandra Jatahy. RS: agropecuária colonial e industrialização. Porto Alegre: Mercado Aberto,<br />

1983. p. 173.<br />

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