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programa de pós-graduação em desenvolvimento regional - Unisc

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governo fe<strong>de</strong>ral, por representar uma forma eficiente <strong>de</strong> encaminhamento dos probl<strong>em</strong>as<br />

econômicos e <strong>de</strong> mediatizar as relações entre as classes sociais e o Estado. Os produtores<br />

sindicalizados, para retribuir os favores recebidos, apoiavam politicamente o governo. Essa<br />

era uma das formas encontradas para coibir qualquer manifestação política das classes<br />

dominantes que pu<strong>de</strong>sse r<strong>em</strong>eter às antigas práticas oligárquicas. Em relação às classes<br />

subalternas, a sindicalização tinha por finalida<strong>de</strong> anular as suas pretensões políticas, <strong>de</strong> modo<br />

a mantê-las submissas e controladas pelo governo 623 .<br />

No Rio Gran<strong>de</strong> do Sul <strong>pós</strong>-30 a or<strong>de</strong>m era <strong>de</strong>senvolver o estado, como po<strong>de</strong> ser<br />

constatado <strong>de</strong> acordo com dados estatísticos do Serviço <strong>de</strong> Inspeção e Fomento Agrícolas do<br />

Ministério da Agricultura, transcritos no Correio do Povo <strong>em</strong> 26 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1931. No texto<br />

registra-se que o serviço <strong>de</strong> inspeção distribuíra o primeiro boletim <strong>de</strong> entradas, saídas e<br />

estoque <strong>de</strong> mercadorias, o qual estimava a produção <strong>de</strong> arroz, aveia, centeio, cevada, milho,<br />

feijão e trigo <strong>em</strong> toneladas com referência ao ano agrícola <strong>de</strong> 1929-1930. Nele se observam à<br />

produção <strong>de</strong> grãos b<strong>em</strong> como a importância <strong>de</strong>stes para o crescimento do estado. O quadro a<br />

seguir <strong>de</strong>monstra os dados relatados no documento referido 624 .<br />

Nos dados estatísticos do quadro referendado observamos que o Rio Gran<strong>de</strong> do Sul<br />

ocupava posição privilegiada, já que perdia apenas para São Paulo na produção do arroz,<br />

feijão e milho. Assim, era importante para o governo fe<strong>de</strong>ral conce<strong>de</strong>r auxílios para o Rio<br />

Gran<strong>de</strong> do Sul, pois <strong>de</strong>pendia <strong>de</strong>le também o <strong>de</strong>senvolvimento do Brasil. Logo, as melhorias<br />

nas estradas e portos eram priorida<strong>de</strong> para o escoamento da produção das safras. O estado<br />

possuía auto-suficiência <strong>em</strong> grãos, a ex<strong>em</strong>plo do arroz, feijão, lentilha, milho, aveia, centeio,<br />

cevada, trigo 625 . Também outros produtos agrícolas se <strong>de</strong>stacavam, como: a erva-mate,<br />

cebolas, alho, alfafas, batatas, uvas, mandioca, fumo, entre outros. No norte do estado, os<br />

produtos mais exportados eram a erva-mate, o feijão, o fumo, o milho, a batata e o trigo.<br />

623 PESAVENTO, Sandra Jatahy. História do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1994. p. 110.<br />

624 CORREIO DO POVO. Porto Alegre, n. 97, ano XXXVIII, 26 abri. 1931. p. 20.<br />

625 Segundo Fonseca, o trigo, apesar <strong>de</strong> ser uma cultura não regular, chegou a abastecer o mercado estadual e<br />

também chegou ao ponto <strong>de</strong> ser exportado para outros estados brasileiros. FONSECA, Pedro Dutra. RS:<br />

Economia & conflitos políticos na República Velha. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1983. p. 63.<br />

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