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programa de pós-graduação em desenvolvimento regional - Unisc

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Imprensa e Propaganda (DIP) 211 sob a alegação <strong>de</strong> estar exercendo ativida<strong>de</strong> ilegal. Inferimos,<br />

nesse ponto, que po<strong>de</strong> ter havido articulações <strong>de</strong> Canuto <strong>de</strong> Souza nesse sentido. Não t<strong>em</strong>os<br />

registro da data <strong>em</strong> que o Noticioso retornou à circulação, porém permaneceu sendo editado<br />

até 1945.<br />

Investigamos também o jornal O Nacional, cujo acervo se encontra no Arquivo<br />

Histórico Regional da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Passo Fundo. Iniciando sua circulação <strong>em</strong> 1925, este<br />

jornalpassou a representar para a população <strong>de</strong> Passo Fundo novo recurso <strong>de</strong> comunicação.<br />

Foi fundado por Herculano Araújo Annes, seu primeiro diretor, tendo como gerentes Hyran<br />

<strong>de</strong> Araújo Bastos e Americano <strong>de</strong> Araújo Bastos e, como redator, a partir <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> nov<strong>em</strong>bro<br />

<strong>de</strong> 1928, Mauro P. Machado. Caracterizou-se como jornal biss<strong>em</strong>anário in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, com<br />

edições às quartas-feiras e aos sábados até 29 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1929; como jornal<br />

triss<strong>em</strong>anário in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, a partir <strong>de</strong> 3 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1929, com edições às terças-feiras,<br />

quintas-feiras e sábados, e diário in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, a partir <strong>de</strong> 2 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1930. Verificamos,<br />

por meio <strong>de</strong> uma leitura sist<strong>em</strong>ática dos números analisados, que este jornal procurava<br />

colocar-se numa posição <strong>de</strong> parcialida<strong>de</strong> diante das facções políticas e religiosas que se<br />

digladiavam <strong>em</strong> nível local e estadual.<br />

Outro jornal que também contribuiu para nossa pesquisa foi o Diário da Manhã, cujo<br />

acervo se encontra no próprio jornal. Este meio <strong>de</strong> comunicação, <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> do jornalista<br />

e político Túlio Fontoura, iniciou sua circulação no ano <strong>de</strong> 1935. Suas manchetes<br />

expressavam os i<strong>de</strong>ais republicanos já que mantinha ligação com Nicolau Vergueiro,<br />

expressão maior do Partido Republicano Riogran<strong>de</strong>nse (PRR) <strong>em</strong> Passo Fundo e região. A<br />

partir <strong>de</strong> 1945, com o término do Estado Novo, Túlio Fontoura ingressou no Partido Social<br />

D<strong>em</strong>ocrático (PSD) e o Diário da Manhã passou a veicular a preferência política <strong>de</strong> seu<br />

proprietário, constituindo-se, então, num instrumento <strong>de</strong> opinião pública contrário aos<br />

interesses <strong>de</strong> Vargas.<br />

Também é nossa fonte o Jornal Correio do Povo, criado <strong>em</strong> 1895, e consi<strong>de</strong>rado um<br />

211 O DIP foi criado por <strong>de</strong>creto presi<strong>de</strong>ncial <strong>em</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1939, com o objetivo <strong>de</strong> difundir a i<strong>de</strong>ologia do<br />

Estado Novo junto às camadas populares. Vários estados possuíam órgãos filiados ao DIP, os chamados "Deips".<br />

Essa estrutura altamente centralizada permitia ao governo exercer o controle da informação, assegurando-lhe o<br />

domínio da vida cultural do país. D’ARAUJO, Maria Celina. As instituições brasileiras na Era Vargas. Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro: Eduerj; FGV, 1999. p.17.<br />

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