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programa de pós-graduação em desenvolvimento regional - Unisc

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possibilitava a pacificação <strong>em</strong> troca da reforma do aparato policial, da reincorporação ao<br />

governo dos funcionários exonerados e da liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> imprensa. Collor, então, foi integrado<br />

ao governo, ocupando a Secretaria <strong>de</strong> Finanças, enquanto o PL indicou Raul Pilla para a<br />

Secretaria <strong>de</strong> Agricultura 348 .<br />

Dessa forma, a partir das intenções assumidas entre o governo e a oposição, através do<br />

modus vivendi, foi possível incr<strong>em</strong>entar a aceleração do crescimento econômico do estado.<br />

No entanto, a discussão sobre o processo sucessório nacional continuava a provocar inúmeras<br />

divergências no interior do PRR, que se dividia entre apoiar uma candidatura diretamente<br />

patrocinada pelo governo fe<strong>de</strong>ral ou o nome <strong>de</strong> Flores da Cunha, que começava a surgir como<br />

alternativa eleitoral 349 .<br />

Collor se opôs a qualquer processo <strong>de</strong> cisão, mantendo o apoio que vinha sendo dado<br />

ao governador, e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u o modus vivendi <strong>em</strong> muitas manifestações públicas. No entanto, a<br />

solidarieda<strong>de</strong> da FUG à idéia <strong>de</strong> uma candidatura varguista acabou por inviabilizar o modus<br />

vivendi. Algum t<strong>em</strong>po <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> Pilla ter se retirado do governo, Collor <strong>de</strong>mitiu-se da<br />

Secretaria <strong>de</strong> Finanças, porém, <strong>em</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1936, discordando do comportamento da<br />

FUG e da direção do PRR que apoiava Vargas, rompeu com ambos.<br />

Reforçamos que o modus vivendi representou um acordo realizado no Rio Gran<strong>de</strong> do<br />

Sul entre o PRL e a FUG, o qual dispunha sobre as responsabilida<strong>de</strong>s que os secretários<br />

assumiam perante o governador e os partidos e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> intervenção ou influência<br />

do Legislativo nas <strong>de</strong>cisões do Executivo. Assim, cada partido teria total e completa<br />

autonomia e liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> ação, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que fosse respeitado o <strong>de</strong>vido acordo. Esse acordo teve<br />

duração <strong>de</strong> nove meses, entrando <strong>em</strong> crise pela <strong>de</strong>missão <strong>de</strong> representantes do PL, Raul Pilla<br />

da Secretaria da Agricultura, e do PRR, Lindolfo Collor da Secretaria da Fazenda.<br />

Desenhava-se, assim, o cenário para o Estado Novo.<br />

348 COLUSSI, Eliane Lucia. Estado novo e municipalismo gaúcho. Passo Fundo: Ediupf, 1996. p. 56-8.<br />

349 FERREIRA FILHO, Arthur. História geral do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul. 5.ed. atualizada. Porto Alegre: Globo,<br />

1978. p. 233-235.<br />

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