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programa de pós-graduação em desenvolvimento regional - Unisc

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econômicas, pelo próprio po<strong>de</strong>r econômico que <strong>de</strong>tinham, <strong>em</strong> virtu<strong>de</strong> dos bens patrimoniais<br />

que possuíam; assim, conseguiam intervir também na vida pública <strong>de</strong> sua região. Dessa<br />

forma, concluímos que existe uma diferença entre a conceituação das duas elites referidas,<br />

pois a elite econômica valia-se dos meios materiais para se <strong>de</strong>stacar na sua região, ao passo<br />

que a elite política funcionava como um canal <strong>de</strong> comunicação entre o que a elite econômica<br />

precisava para continuar progredindo individualmente e, ao mesmo t<strong>em</strong>po, trazer para a<br />

região conquistas e benesses que se refletiam no b<strong>em</strong> coletivo.<br />

O trabalho realizado permite-nos afirmar que as elites políticas <strong>de</strong>limitavam a sua<br />

atuação e po<strong>de</strong>r por meio do po<strong>de</strong>r econômico, ainda que, para isso, tivess<strong>em</strong> <strong>de</strong> trocar <strong>de</strong><br />

partido tantas vezes quantas foss<strong>em</strong> necessárias, firmar conchavos, como foi o caso da FUG, a<br />

fim <strong>de</strong> ficar ao lado <strong>de</strong> qu<strong>em</strong> estava <strong>em</strong> evidência, assegurando, com isso, a manutenção <strong>de</strong><br />

cargos, a continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> privilégios, tal qual já ocorria na República Velha. Em<br />

contraposição, a contra-elite, representada pelos contrários à elite que se mantinha no po<strong>de</strong>r<br />

formal, s<strong>em</strong>pre se manteve atuante, no sentido <strong>de</strong> se opor às <strong>de</strong>cisões tomadas pelas elites,<br />

que refletiam o situacionismo.<br />

A abordag<strong>em</strong> do t<strong>em</strong>a por meio da análise <strong>de</strong> discurso <strong>de</strong>monstrou ser a<strong>de</strong>quada para<br />

uma investigação e interpretação dinâmica dos municípios na época, pois po<strong>de</strong>mos enten<strong>de</strong>r,<br />

ou, pelo menos, aproximar o entendimento do significado <strong>de</strong> muitas ações políticas, somente<br />

compreendidas pelo interesse econômico ou vice-versa. No entanto, salientamos que no caso<br />

do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, no espaço geográfico analisado, e no t<strong>em</strong>po seqüencial (<strong>pós</strong>-1945),<br />

pouco mudou.<br />

Necessário se faz registrar nesta etapa final que o assunto não se encontra esgotado.<br />

Pelo contrário, diante da grandiosida<strong>de</strong> e volume do material encontrado, <strong>de</strong>ve-se continuar a<br />

explorá-lo sob um novo enfoque, ampliando-o talvez para o segundo governo <strong>de</strong> Getúlio<br />

Vargas, <strong>de</strong> modo a investigar como as relações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r se perpetuaram e se mantiveram. As<br />

fontes po<strong>de</strong>m ser ampliadas e mais b<strong>em</strong> aproveitadas, pois muitas <strong>de</strong>las tiveram apenas partes<br />

abordadas, <strong>de</strong>ixando-se <strong>de</strong> fora aspectos importantes, mas que não se encaixavam na<br />

<strong>de</strong>limitação proposta. Igualmente, po<strong>de</strong> ser aprofundado o aspecto da estagnação <strong>de</strong> Passo<br />

Fundo e Carazinho no que se refere à industrialização, b<strong>em</strong> como o porquê <strong>de</strong> os jornais da<br />

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