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programa de pós-graduação em desenvolvimento regional - Unisc

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<strong>de</strong>signação. Dessa forma, analisamos os critérios <strong>de</strong> posse e controle <strong>de</strong> cargos, evi<strong>de</strong>nciando<br />

qu<strong>em</strong> era, no período, presi<strong>de</strong>nte da República, governador, interventores, <strong>de</strong>putados fe<strong>de</strong>ral e<br />

estadual. Assim, para analisar a configuração e o comportamento das elites políticas do Rio<br />

Gran<strong>de</strong> do Sul, no período estipulado pela pesquisa, tomando como referência o critério<br />

apresentado, elaboramos quadros dos integrantes das elites políticas no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul,<br />

<strong>em</strong> Passo Fundo e Carazinho, que se encontram nos (Anexos B,C e D). Aqui <strong>de</strong>svelamos as<br />

particularida<strong>de</strong>s sociais mais exigidas <strong>em</strong> cada grupo e sua evolução no t<strong>em</strong>po, pois tratamos<br />

da composição do capital e <strong>de</strong> atributos políticos, culturais, econômicos e sociais, para, então,<br />

observar a sua valorização ou não <strong>de</strong>ntro do contexto do estudo. Nesse estudo pela <strong>de</strong>scrição<br />

dos atores e <strong>de</strong> seus discursos proferidos, pu<strong>de</strong>mos analisar a dinâmica social, privada,<br />

pública, cultural, i<strong>de</strong>ológica ou política <strong>de</strong> cada m<strong>em</strong>bro consi<strong>de</strong>rado elite.<br />

Nesse sentido, i<strong>de</strong>ntificamos pelas atas da Associação Comercial (Anexo G e H), dos<br />

municípios <strong>de</strong> Passo Fundo e Carazinho, as características consi<strong>de</strong>radas essenciais para que<br />

alguém pu<strong>de</strong>sse fazer parte do contexto social, político e economico da época estudada.<br />

Entretanto, perceb<strong>em</strong>os uma forte ligação entre po<strong>de</strong>r econômico e po<strong>de</strong>r político, uma vez<br />

que os que <strong>de</strong>tinham o primeiro normalmente conduziam o segundo, ou, então, faziam-se<br />

representar por alguém do seu grupo, importante se faz esclarecer que os representantes do<br />

po<strong>de</strong>r político (elites políticas), <strong>de</strong>pendiam do po<strong>de</strong>r econômico (elites econômicas) para<br />

<strong>de</strong>limitar<strong>em</strong> suas esferas <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r.<br />

Bourdieu 27 esclarece que nessa relação <strong>de</strong> força são utilizados pelos agentes os<br />

capitais, ou seja, po<strong>de</strong>res <strong>de</strong> várias espécies que ocorr<strong>em</strong> <strong>em</strong> diferentes campos 28 , os quais<br />

<strong>de</strong>terminam as diversas práticas do agente <strong>de</strong> posicionar-se <strong>em</strong> cada campo da estrutura<br />

social. Nesse sentido, o agente é consi<strong>de</strong>rado ativo e passivo da ação; portanto, mantém-se<br />

num constante <strong>de</strong>slocamento dialético, no qual se impõe e reage às <strong>de</strong>terminações relativas<br />

aos princípios que classificam e dão formas à apropriação da estrutura social.<br />

27 BOURDIEU, Pierre. O po<strong>de</strong>r simbólico. Lisboa: Diefel, 1988. p. 132-134.<br />

28 Os capitais são “os po<strong>de</strong>res que <strong>de</strong>fin<strong>em</strong> as probabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ganho num campo <strong>de</strong>terminado”, po<strong>de</strong>ndo ser:<br />

capital econômico constituído pelas proprieda<strong>de</strong>s materiais adquiridas; capital cultural, produto acumulado <strong>de</strong><br />

trabalho passado; capital político <strong>de</strong>finido pelo po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> mobilização que a autorida<strong>de</strong> <strong>de</strong>tém e, o capital<br />

simbólico, que “não é outra coisa senão o capital econômico ou cultural quando conhecido e reconhecido,<br />

quando conhecido segundo as categorias <strong>de</strong> percepção que ele impõe”. Também o capital simbólico que<br />

constitui as representações políticas que objetivam or<strong>de</strong>nar o mundo social. BOURDIEU, ibid., p. 134.<br />

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