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programa de pós-graduação em desenvolvimento regional - Unisc

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segmentos estatais 416 . Evi<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente, a Revolução <strong>de</strong> 1930 anunciou um período no qual<br />

ocorreram muitas transformações no plano econômico e social do país, acelerando a<br />

implantação da socieda<strong>de</strong> industrial.<br />

Analisando o cenário político que permeou a época a partir <strong>de</strong> 1930, com foco nos<br />

acontecimentos que <strong>de</strong>ram suporte ao quadro revolucionário, a ênfase repousa nas origens e<br />

no conteúdo oligárquico das cisões regionais, que produziram o movimento e lhe conferiram,<br />

<strong>em</strong> sentido político, um caráter <strong>de</strong> continuísmo, ou seja, uma seqüência da Velha República,<br />

contra a qual se insubordinaram 417 .<br />

A respeito <strong>de</strong>ssa afirmação, encontramos alguns trabalhos tomados como mo<strong>de</strong>lo ao<br />

longo das leituras, como é o caso da análise realizada por Barbosa Lima Sobrinho, ressaltando<br />

a importância das coalizões regionais e da presença oligárquica no jogo sucessório,<br />

diminuindo as forças sociais nos conflitos que se sucediam e dando espaço à ocupação formal<br />

do Estado pela dissidência oligárquico-revolucionária, que assumira o po<strong>de</strong>r <strong>em</strong> outubro <strong>de</strong><br />

1930. Na mesma linha se encontram os estudos feitos por Virgínio Santa Rosa, para qu<strong>em</strong> as<br />

tendências reformistas do tenentismo, a<strong>pós</strong> a tomada do po<strong>de</strong>r, mostraram-se <strong>de</strong>sarticuladas<br />

entre si, fazendo com que o confronto entre os pólos <strong>de</strong>cisivos - oligarquia e tenentes - assim<br />

como o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho funcional e a influência <strong>de</strong> um ou <strong>de</strong> outro segmento foss<strong>em</strong> se<br />

mostrando enfraquecidas, s<strong>em</strong> muitas certezas 418 .<br />

Po<strong>de</strong>mos constatar pelo estudo bibliográfico é que s<strong>em</strong>pre esteve presente uma<br />

composição heterogênea <strong>de</strong> interesses, tanto antes como a<strong>pós</strong> a Revolução <strong>de</strong> 1930. A crise<br />

ou a ausência <strong>de</strong> heg<strong>em</strong>onia no <strong>de</strong>senrolar <strong>de</strong>sse processo oportunizou o surgimento <strong>de</strong> um<br />

estado <strong>de</strong> compromisso, na qual a diversida<strong>de</strong> e a <strong>de</strong>sarticulação dos setores que faziam parte<br />

do novo pacto teriam proporcionado um vazio <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r no sist<strong>em</strong>a político. Então, coube ao<br />

Estado preencher esse vazio por meio <strong>de</strong> ações autônomas e personalistas para o momento 419 .<br />

416<br />

CAMARGO, Aspásia. A revolução <strong>de</strong> 30 – S<strong>em</strong>inário Internacional. Brasília: Unb, 1982. p. 12. (Coleção<br />

T<strong>em</strong>as brasileiros).<br />

417<br />

Ibid., p. 12.<br />

418<br />

CAMARGO, Aspásia. A revolução <strong>de</strong> 30 – S<strong>em</strong>inário Internacional. Brasília: Unb, 1982. p. 12. (Coleção<br />

T<strong>em</strong>as brasileiros). p. 12.<br />

419<br />

WEFFORT, Francisco apud CAMARGO, Aspásia. A revolução <strong>de</strong> 30 – S<strong>em</strong>inário Internacional. Brasília:<br />

170

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