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programa de pós-graduação em desenvolvimento regional - Unisc

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coação para consegui-lo, não obstante o grupo consi<strong>de</strong>rado elites nesses municípios era<br />

composta <strong>de</strong> comerciantes, industriais, médicos, advogados, funcionários públicos, juízes e,<br />

principalmente, <strong>de</strong> militares sob o mando dos coronéis.<br />

As elites econômicas dominantes são creditadas conquistas econômicas e sociais<br />

conseguidas com recursos investidos no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um sist<strong>em</strong>a capitalista,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente dos métodos utilizados para isso. Seus representantes exploraram<br />

oportunida<strong>de</strong>s, fizeram uso da lisura e trabalho alheio, controlaram as relações humanas e<br />

políticas entre os países, <strong>de</strong> maneira a colocar sob seu olhar o domínio <strong>de</strong> um império<br />

monetário, no qual a ociosida<strong>de</strong> não tinha muito espaço. A este distinto grupo <strong>de</strong> pessoas é<br />

dada a vantag<strong>em</strong> <strong>de</strong>, por meio <strong>de</strong> estratégias financeiras, fazer ren<strong>de</strong>r ainda mais os recursos<br />

existentes 185 .<br />

No setor industrial existe a concorrência inicial, que, posteriormente, é substituída por<br />

uma série <strong>de</strong> fusões que acabam por firmar-se como um monopólio do setor, administrado por<br />

homens dos grupos <strong>de</strong> elites que conjugam interesses para <strong>de</strong>sorganizar uma série <strong>de</strong><br />

pequenos industriais <strong>em</strong>preen<strong>de</strong>dores. Estas continuam tendo as melhores idéias, as quais são<br />

adotadas por novos <strong>em</strong>presários, menos dinâmicos que os seus antecessores 186 . Nessa relação<br />

utilizamos Schumpeter 187 que <strong>de</strong>fine que é a conveniência a reguladora da produção<br />

tecnológica, assim como a econômica, e a distinção entre as duas está na diferença do caráter<br />

<strong>de</strong>ssa conveniência, assim também uma linha <strong>de</strong> pensamento um pouco diferente nos mostra a<br />

princípio uma analogia fundamental e <strong>de</strong>pois a mesma distinção. A produção não “cria” nada<br />

no sentido físico, consi<strong>de</strong>rada tanto tecnológica quanto economicamente. Em ambos os casos<br />

só po<strong>de</strong> influenciar as coisas e os processos – ou “forças”. Assim, tanto econômica quanto<br />

tecnologicamente, produzir significa combinar as forças e coisas ao nosso alcance.<br />

Singer 188 aponta que a indústria se instala <strong>em</strong> virtu<strong>de</strong> do processo <strong>de</strong> substituição <strong>de</strong><br />

importações. Aponta que, no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, <strong>em</strong> fins <strong>de</strong> século XIX, surgiram indústrias e<br />

185 FERNANDES, Florestan. Nova república. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Jorge Zahar, 1986. p. 13-16.<br />

186 ARAÚJO, Braz José <strong>de</strong>. Mudanças na estrutura social brasileira. Albuquerque, J.A. Guilhon (Org.). Classes<br />

médias e política no Brasil. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Paz e Terra, 1977. p. 84-87.<br />

187 SCHUMPETER, J. Teoria do <strong>de</strong>senvolvimento econômico. São Paulo: Abril Cultural, 1985. p. 16.<br />

188 SINGER, Paul. Desenvolvimento econômico e evolução urbana. São Paulo:Editora Nacional, 1968.<br />

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