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programa de pós-graduação em desenvolvimento regional - Unisc

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2.7 Pontos convergentes e divergentes das elites políticas estaduais e regionais na época<br />

Para estabelecer os pontos divergentes e convergentes das elites políticas estaduais e<br />

locais no período <strong>de</strong> 1930 a 1945 República Nova e o Estado Novo retomamos o contexto<br />

nacional, centrando-nos na figura <strong>de</strong> Getúlio Vargas, que muito pouco realizou <strong>em</strong> termos <strong>de</strong><br />

investimento concreto no estado gaúcho, on<strong>de</strong> a economia continuava <strong>em</strong>basada na<br />

agropecuária.<br />

A partir <strong>de</strong> 1930 a história do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul aproxima-se realmente da história<br />

dos <strong>de</strong>mais estados da fe<strong>de</strong>ração brasileira, no sentido <strong>de</strong> caminhar numa direção comum,<br />

mesmo que imposta. Em 1932, <strong>em</strong> São Paulo iniciou-se um movimento armado, uma luta pela<br />

constitucionalida<strong>de</strong> do governo <strong>de</strong> Vargas e pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser elaborada uma nova<br />

constituição. Nesse momento os lí<strong>de</strong>res já se dividiam, com Borges posicionando-se contra<br />

Getúlio Vargas. O governador do período era Flores da Cunha, caracterizado por uma<br />

personalida<strong>de</strong> forte, que agia somente <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> pensar <strong>em</strong> todos os prós e contras <strong>de</strong> suas<br />

<strong>de</strong>cisões. Tanto é assim que somente <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> pon<strong>de</strong>rar resolveu apoiar Vargas enviando<br />

tropas da Brigada Militar e Corpos Provisórios para lutar fora do estado 441 .<br />

A<strong>pós</strong> a Constituinte <strong>de</strong> 1934, iniciou-se um processo <strong>de</strong> crescimento dos movimentos<br />

<strong>de</strong> esquerda e, principalmente, <strong>de</strong> direita com a Ação Integralista do Brasil <strong>de</strong> Plínio Salgado.<br />

No entanto, esse processo assim como se principiou foi podado com a <strong>em</strong>ergência do Estado<br />

Novo <strong>em</strong> 1937. A partir <strong>de</strong> 1937, Vargas, juntamente com o Exército, introduziu um regime<br />

<strong>de</strong> força centralizado, disposto a transformar e industrializar o país. As conseqüências <strong>de</strong> sua<br />

política para o Rio Gran<strong>de</strong> do Sul foram várias, principiando pela intervenção fe<strong>de</strong>ral. O<br />

governo indicou como governador do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul o general Daltro Filho, que teve<br />

como uma das primeiras missões <strong>de</strong>sestabilizar e <strong>de</strong>sarmar a Brigada Militar e os Corpos<br />

Provisórios. Vale l<strong>em</strong>brar que Flores da Cunha, não concordando com a política adotada por<br />

Vargas e para amenizar o clima <strong>de</strong> revolta que se instalara no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, exilou-se no<br />

Uruguai. A<strong>pós</strong> a morte <strong>de</strong> Daltro Filho, o coronel Cor<strong>de</strong>iro <strong>de</strong> Farias foi nomeado como<br />

441 QUEVEDO, Júlio; TAMANQUEVIS, José C. Rio Gran<strong>de</strong> do Sul: aspectos da história. 5.ed. Porto Alegre:<br />

Martins Livreiro, 1997. p. 96.<br />

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