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Políticas Culturais para as Cidades

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pelo partido conservador, como sendo “uma medida stalinista”,<br />

criticando o Partido Trabalhista, que tem maioria no Parlamento.<br />

Ou seja, na Grã Bretanha, onde não se vive a crise social nem<br />

<strong>as</strong> diferenç<strong>as</strong> do Br<strong>as</strong>il, e onde os problem<strong>as</strong> culturais são bem<br />

diferentes dos nossos, o Estado tomou <strong>para</strong> si a decisão de tornar<br />

Londres mais ainda uma potência cultural. E vem a pergunta:<br />

existe isso aqui entre nós?<br />

Guardad<strong>as</strong> <strong>as</strong> devid<strong>as</strong> proporções e capacidades financeir<strong>as</strong>,<br />

não existe isso. Nem no nível da prefeitura. Salvador nunca pensou<br />

e agiu consequentemente neste tipo de autovalorização. Daí,<br />

podermos entender um pouco porque a estrutura administrativa<br />

e política da Cultura na capital baiana nunca conseguiu sair da<br />

condição de estrutura periférica na prefeitura municipal, apesar<br />

do empenho de gestores e su<strong>as</strong> equipes. Ainda não temos isso,<br />

como decisão do Governo do Estado da Bahia, embora haja hoje<br />

uma presença, um papel muito mais importante da Cultura no<br />

processo global geral deste mesmo governo.<br />

Sou deputado estadual da b<strong>as</strong>e do governador Jaques Wagner e<br />

da b<strong>as</strong>e do presidente Lula, m<strong>as</strong> acho que este olhar não faz parte<br />

da centralidade no modelo de desenvolvimento que o governo<br />

propõe <strong>para</strong> a Bahia, e isso é um problema. Também penso que<br />

o Estado br<strong>as</strong>ileiro ainda não colocou a Cultura na centralidade<br />

do modelo e no projeto nacional que nós gostaríamos que o<br />

governo Lula já tivesse tido condições de elaborar, com mais<br />

precisão, com mais radicalidade, no sentido da formulação mais<br />

avançada de um projeto de desenvolvimento nacional, no qual<br />

a Cultura, de fato, fosse não mais um elemento da periferia da<br />

formulação, m<strong>as</strong> um elemento de centralidade.<br />

É importante destacar que esta é uma crítica construtiva ao<br />

Estado br<strong>as</strong>ileiro, e não aos dirigentes brilhantes que nós temos<br />

à frente do Ministério da Cultura. Seria injusto não sublinhar<br />

que a luta deles é justamente <strong>para</strong> tentar dobrar outros setores<br />

do Estado br<strong>as</strong>ileiro, que não estão convencidos disso. A crítica<br />

cultura na política de transformação democrática da cidade 113

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