Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
4<br />
By Way of an<br />
Introduction - The end<br />
of History and the L<strong>as</strong>t<br />
Man: I argued that<br />
liberal democracy may<br />
constitute the “end<br />
point of mankind’s<br />
ideological evolution”<br />
and the “final form of<br />
human government,”<br />
and <strong>as</strong> such constituted<br />
the “end of history.”<br />
That is, while earlier<br />
forms of government<br />
were characterized by<br />
grave defects and<br />
irrationalities that led<br />
to their eventual<br />
collapse, liberal<br />
democracy w<strong>as</strong><br />
arguably free from such<br />
fundamental internal<br />
contradictions. This<br />
w<strong>as</strong> not to say that<br />
today’s stable<br />
democracies, like the<br />
United States, France,<br />
or Switzerland, were<br />
not without injustice or<br />
serious social problems.<br />
But these problems<br />
were ones of<br />
incomplete<br />
implementation of the<br />
twin principles of<br />
liberty and equality on<br />
which modern<br />
democracy is founded,<br />
rather than of flaws in<br />
the principles<br />
themselves. While<br />
some present-day<br />
countries might fail to<br />
achieve stable liberal<br />
democracy, and others<br />
might lapse back into<br />
other, more primitive<br />
forms of rule like<br />
theocracy or military<br />
dictatorship, the ideal<br />
of liberal democracy<br />
could not be improved<br />
Estado, ainda que em outro sentido se possa encontrar o Estado<br />
como tutor da cultura, como um mecenato sem o qual cert<strong>as</strong> expressões<br />
dificilmente poderiam se desenvolver. Assim, leis que<br />
reduzem a obrigação fiscal, como subsídios a empres<strong>as</strong> privad<strong>as</strong><br />
ou a pesso<strong>as</strong> físic<strong>as</strong>, desde que aplicando em program<strong>as</strong> especiais,<br />
a exemplo do Faz Cultura, na Bahia, ou da famosa Lei Rouanet.<br />
É muito importante analisar tais benefícios como decorrentes<br />
de um plano político que expressa o espírito de época,<br />
que pode ser traduzido como de recuo do espaço público <strong>para</strong><br />
campos sociais restritos, a exemplo da negritude que procura<br />
firmar uma dimensão racialista e obteve medid<strong>as</strong> de re<strong>para</strong>ção,<br />
tal como a política de cot<strong>as</strong>, que reserva o mercado em certos<br />
setores específicos, desigualando a sociedade como forma de<br />
proteção <strong>para</strong> segmentos mais frágeis da população, em termos<br />
de competição livre.<br />
Em razão d<strong>as</strong> especificidades dos grupos sociais, a política de<br />
reconhecimento d<strong>as</strong> diferenç<strong>as</strong> torna-se, na realidade, <strong>para</strong>doxal,<br />
pois se às vezes implica em inclusão, como o reconhecimento<br />
d<strong>as</strong> religiões de matriz africana, por outr<strong>as</strong> <strong>as</strong> isola, como expressões<br />
exótic<strong>as</strong>, e <strong>as</strong> congela em su<strong>as</strong> posições sociais, levando<br />
ao esquecimento de que a distribuição d<strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> e grupos sociais<br />
na estrutura da sociedade se dá pela cl<strong>as</strong>se a que pertencem<br />
e que, portanto, são <strong>as</strong> relações econômic<strong>as</strong> e não <strong>as</strong> culturais<br />
que cl<strong>as</strong>sificam a posição social. As lut<strong>as</strong> micrológic<strong>as</strong> perdem<br />
a dimensão de conjunto e <strong>as</strong> perspectiv<strong>as</strong> se entrecruzam sem<br />
se sintonizarem.<br />
O abandono da perspectiva da luta de cl<strong>as</strong>ses, como uma reminiscência<br />
do p<strong>as</strong>sado, é uma manobra ideológica <strong>para</strong> apagar<br />
os ideais revolucionários que se identificavam com a proposição<br />
socialista, sobretudo d<strong>as</strong> correntes marxist<strong>as</strong>. Para o teórico<br />
americano, Fukuyama 4 , chegava-se ao “fim da história”, tal como<br />
analisa Anderson (1992), já que de agora em diante o planeta<br />
tinha uma só economia, a capitalista, com o malogro da União<br />
198 gey espinheira