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146 marcus alban<br />
acontecendo, o turismo em Salvador, como um todo, está caindo<br />
e se desestruturando.<br />
Infelizmente nós não temos estatístic<strong>as</strong> do setor, e essa é mais<br />
uma d<strong>as</strong> falh<strong>as</strong> da nossa política turística. A Superintendência de<br />
Estudos Econômicos e Sociais da Bahia, a sei, não <strong>as</strong>sume esse<br />
papel e a Secretaria de Turismo também não o faz, e <strong>as</strong>sim não<br />
temos estatístic<strong>as</strong> precis<strong>as</strong> sobre o que está acontecendo. M<strong>as</strong><br />
temos <strong>as</strong> informações do meio empresarial, e, segundo est<strong>as</strong>,<br />
Salvador, que já foi a terceira cidade, o terceiro destino do País,<br />
hoje caiu pra algo entre o sétimo e o oitavo destinos. E nós não<br />
caímos mais graç<strong>as</strong> ao turismo de convenções e eventos que continua<br />
forte. Só <strong>para</strong> se ter uma ideia, o que esses empresários estimam<br />
é que, hoje, o segmento de convenções representa 70% do<br />
turismo de Salvador, quando deveria ser o contrário. O segmento<br />
de convenções deveria representar apen<strong>as</strong> uma parcela menor,<br />
atuando na superação da sazonalidade do turismo cultural e<br />
de sol e praia. Nesse contexto, o setor vem se desestruturando<br />
muito rapidamente, vários hotéis estão operando no vermelho,<br />
ou mesmo fechando, e os empregos estão desaparecendo ou se<br />
precarizando. Isso significa que a deterioração social da cidade<br />
tende a se agravar também muito rapidamente.<br />
Du<strong>as</strong> considerações mais <strong>para</strong> terminar. Claro que tudo isso<br />
tem muito a ver com a falta de planejamento da cidade, o que<br />
leva à questão dos shoppings, já referida aqui pelos expositores<br />
anteriores. Se pegarmos a legislação urbana de vári<strong>as</strong> cidades<br />
turístic<strong>as</strong> bem-sucedid<strong>as</strong> no mundo, veremos que os shoppings<br />
são equipamentos proibidos nos centros d<strong>as</strong> cidades. Não se<br />
pode fazer um shopping, por exemplo, no centro de Madri ou<br />
de Londres. Isso é proibido porque os shoppings desagregam o<br />
tecido urbano. Ness<strong>as</strong> cidades, os shoppings, <strong>para</strong> serem aceitos,<br />
devem estar articulados a estratégi<strong>as</strong> de expansão urbana, ou de<br />
recuperação de áre<strong>as</strong> degradad<strong>as</strong>. Ou seja, justamente o contrário<br />
do que se fez em Salvador, e <strong>as</strong>sim, essa é uma questão que, se