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e da especulação comercial da memória. Fatos estes que vêm estimulando<br />
estratégi<strong>as</strong> de sobrevivência da rememoração pública<br />
e/ou privada. E aí, o que acontece, frente a uma avalanche de<br />
informações de fatos pretéritos e presentes, que funciona à guisa<br />
de uma bola de neve de dimensão imprevisível e que proporciona<br />
a impossibilidade de processar a multiplicidade interminável de<br />
registros? Sem dúvida, cresce, <strong>as</strong>sim, a dimensão de transitoriedade<br />
e de incompletude, alimentando o medo do esquecimento.<br />
Ess<strong>as</strong> pouc<strong>as</strong> inferênci<strong>as</strong> levantad<strong>as</strong> tiveram a intenção de chamar<br />
a atenção <strong>para</strong> <strong>as</strong> três variáveis (mídia, mercado e política) e<br />
que mereciam um oportuno desdobramento incompatível com o<br />
tempo aqui disponível. Quanto à questão da identidade, gostaria<br />
que fosse realizado um bom debate sobre o <strong>as</strong>sunto e, igualmente,<br />
sobre a obsessão pela memória e, também, sobre o medo do<br />
esquecimento e, mais ainda, repensar a questão dos bens patrimoniais<br />
a serem preservados. Tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> questões levantad<strong>as</strong>, que<br />
o curto tempo disponível neste evento não permitiram abordar,<br />
com maior profundidade, esperando que, no debate que se seguirá,<br />
haja a possibilidade de seu melhor entendimento.<br />
diferença versus identidade nos processos culturais 73