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Políticas Culturais para as Cidades

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114 javier alfaya<br />

refere-se à globalidade do Estado: nós não temos visto empenho<br />

na discussão, por exemplo, da construção de um processo<br />

industrial cultural mais sólido, tampouco a presença de outr<strong>as</strong><br />

instituições do Estado da Bahia ou do Estado Nacional Br<strong>as</strong>ileiro<br />

nessa discussão.<br />

O que temos visto são representantes da Secretaria da Cultura,<br />

d<strong>as</strong> fundações culturais, do Ministério da Cultura tendo que<br />

se desdobrar, brigando até, confrontando-se publicamente de<br />

maneira contundente, com outros setores do próprio governo,<br />

<strong>para</strong> convencê-los de que a tv pública nacional br<strong>as</strong>ileira, de<br />

fato, tem que ser uma realidade e não qu<strong>as</strong>e que uma súplica do<br />

Ministério da Cultura <strong>para</strong> sua existência. E nós precisamos disso,<br />

se quisermos de fato concorrer, no sentido da construção de um<br />

mercado interno e de uma disputa mais competente, mais real,<br />

no mercado internacional, com os nossos produtos culturais.<br />

Necessitamos de uma indústria cultural que de fato seja alicerçada<br />

no sistema de apoio financeiro, tanto público como privado,<br />

que o Br<strong>as</strong>il já tem, como também do ponto de vista d<strong>as</strong> polític<strong>as</strong><br />

industriais que emanam do Ministério da Indústria. E também<br />

de instituições como a Financiadora de Estudos e Projetos<br />

(Finep), uma empresa pública de fomento ao desenvolvimento<br />

científico e cultural ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia,<br />

que financia projetos de vanguarda de investigação tecnológica,<br />

n<strong>as</strong> mais divers<strong>as</strong> áre<strong>as</strong> do conhecimento. O Br<strong>as</strong>il ainda está<br />

naquela f<strong>as</strong>e, que não deixa de ser necessária, em que a Cultura<br />

emana dos setores vinculados à produção mais diretamente: dos<br />

políticos aos artist<strong>as</strong>, produtores culturais, professores universitários,<br />

gestores, estudantes etc. É preciso continuar a batalha<br />

<strong>para</strong> darmos um salto de qualidade no nível que nós precisamos<br />

e queremos, <strong>para</strong> colocar a política cultural na centralidade dos<br />

processos de desenvolvimento, inclusive d<strong>as</strong> cidades.<br />

É preciso, por fim, estender este debate <strong>para</strong> uma análise da relação<br />

entre o público e o privado. Precisamos ter uma visão mais

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