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Depoimento no Conselho de Cultura<br />
Ruy Espinheira Filho*<br />
Eu, na verdade, não sou um teórico dess<strong>as</strong> questões<br />
culturais, não tenho um projeto, nem venho me<br />
dedicando a isso há algum tempo. O que eu posso<br />
dizer aqui, o depoimento que eu posso fazer, é do<br />
meu conhecimento da Bahia, a partir de 1961, quando<br />
vim estudar no Colégio Central da Bahia, chegando<br />
do interior. Eu sou baiano da capital, m<strong>as</strong> morava no<br />
interior, e eu vi vári<strong>as</strong> Bahi<strong>as</strong>. Em 1961, na verdade,<br />
eu vim do interior <strong>para</strong> encontrar a Bahia de Jorge<br />
Amado e a Bahia de Dorival Caymmi, e a encontrei.<br />
Ainda havia aquela Bahia mitológica de Jorge Amado<br />
e Dorival Caymmi. E durou ainda algum tempo, durou<br />
pelo menos até os primeiros governos impostos<br />
pela ditadura militar, que começaram a transformar<br />
a Bahia, e evidentemente que não foi <strong>para</strong> melhor.<br />
*<br />
Membro da Academia de Letr<strong>as</strong> da<br />
Bahia e da Academia de Letr<strong>as</strong> de<br />
Jequié. Professor Associado do<br />
Departamento de Letr<strong>as</strong> Vernácul<strong>as</strong><br />
do Instituto de Letr<strong>as</strong> da<br />
Universidade Federal da Bahia.