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menores. Então, se a gente quiser apostar na continuidade da<br />
expansão do turismo, é necessário <strong>as</strong>segurá-la com b<strong>as</strong>e em um<br />
novo turismo; um turismo segmentado, um turismo cultural de<br />
saída, m<strong>as</strong> também um turismo de eventos e negócios. E quando<br />
se pensa nesses termos, descobre-se que a cidade está absolutamente<br />
despre<strong>para</strong>da <strong>para</strong> esse novo turismo. Primeiro, porque<br />
faltam equipamentos. Se você quiser trazer um grande evento<br />
<strong>para</strong> a cidade, não consegue porque não há leitos, nem auditórios,<br />
nem centro de convenções <strong>para</strong> isso. Lembro-me que, no<br />
início do governo Wagner, discutiu-se a atração do Fórum Social<br />
Mundial pra Salvador. O trade foi contra, porque argumentou<br />
que ou fazia o verão e o carnaval, ou fazia o Fórum Social; não<br />
havia espaço <strong>para</strong> <strong>as</strong> du<strong>as</strong> cois<strong>as</strong> na cidade, porque a programação<br />
dos hotéis, a ocupação dos hotéis, já estava garantida com o<br />
Festival de Verão, Carnaval e o turismo típico do verão.<br />
M<strong>as</strong>, se a indústria não é solução <strong>para</strong> a cidade, se o turismo<br />
precisa ser qualificado, é preciso pensar sobre a estratégia que a<br />
cidade nunca discutiu. O futuro econômico d<strong>as</strong> grandes cidades<br />
no século xxi está b<strong>as</strong>eado em três ou quatro vetores.<br />
Primeiro, na concentração de serviços empresariais, serviços<br />
prestados às empres<strong>as</strong> capazes de exportar serviços superiores.<br />
Salvador tem isso, é aquilo que está ali na Tancredo Neves,<br />
é aquilo que constitui o eixo Itaigara-Iguatemi, é o que se encontra<br />
no grande corredor que vai da Garibaldi até o Aeroporto,<br />
p<strong>as</strong>sando pela Paralela. São serviços de engenharia, de marketing,<br />
de logística, de arquitetura, de decoração, de informática<br />
etc. Est<strong>as</strong> atividades são, hoje, a coluna vertebral, o coração e o<br />
cérebro da economia soteropolitana.<br />
Em segundo lugar, é preciso atrair sedes e subsedes de grandes<br />
organizações. Salvador tem um histórico de perda de sedes:<br />
Banco Econômico, Paes Mendonça etc. Por força de vários<br />
processos que aconteceram nesse período. É preciso reverter<br />
esta tendência e ter uma estratégia própria. Certo, é impossível<br />
salvador – cidade criativa? 137