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86 paulo miguez<br />
Esta sessão que vamos iniciar agora tem justamente como<br />
tema “<strong>Polític<strong>as</strong></strong> <strong>Culturais</strong> e <strong>Cidades</strong>”. Gostaria de salientar que<br />
pelo menos três razões justificam a escolha deste tema. Uma, a<br />
atualidade da discussão sobre <strong>as</strong> polític<strong>as</strong> culturais. Quanto a isto,<br />
não é demais lembrar, vivemos um momento particularmente<br />
interessante no Br<strong>as</strong>il. Por um lado, por conta do crescimento do<br />
número de estudos e pesquis<strong>as</strong> nesta que é uma área dos estudos<br />
em cultura, ainda com grandes carênci<strong>as</strong>, em termos de reflexão<br />
teórica. Por outro, pelo alvissareiro fato de que p<strong>as</strong>samos a contar,<br />
pela primeira vez em tempos de vida democrática no nosso<br />
País, com um Ministério da Cultura que compreende <strong>as</strong> polític<strong>as</strong><br />
culturais como o eixo que deve organizar sua relação com a<br />
sociedade br<strong>as</strong>ileira. Devemos isto a Gilberto Gil, Ministro de<br />
Estado da Cultura do Governo Lula. Mais e melhor ainda, é que<br />
a excelência do momento que vive o campo cultural br<strong>as</strong>ileiro<br />
alcançou a Bahia, onde a Secretaria Estadual de Cultura, criada<br />
pelo atual Governo do Estado, também <strong>as</strong>sume <strong>as</strong> polític<strong>as</strong> culturais<br />
como sendo seu campo privilegiado de ação.<br />
A segunda d<strong>as</strong> razões diz respeito ao foco proposto, ou seja,<br />
pensar <strong>as</strong> polític<strong>as</strong> culturais na perspectiva d<strong>as</strong> cidades, território<br />
onde a cultura se realiza, enquanto ação e criação, onde <strong>as</strong> polític<strong>as</strong><br />
culturais experimentam sua aplicação efetiva. E a terceira<br />
d<strong>as</strong> razões atende à oportunidade do momento, afinal estamos<br />
em ano de eleições municipais, período mais que propício ao<br />
debate sobre quais polític<strong>as</strong> culturais queremos ver acionad<strong>as</strong><br />
por aqueles que se candidatam a governar nossa cidade pelos<br />
próximos quatro anos.<br />
Dito isto, convido a compor a mesa desta sessão o arquiteto<br />
Frederico Mendonça, atual Diretor-Geral do ipac – Instituto<br />
do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia; o também arquiteto,<br />
Professor Paulo Ormindo, Presidente do Instituto<br />
dos Arquitetos, membro do Conselho Nacional de <strong>Polític<strong>as</strong></strong><br />
<strong>Culturais</strong> e meu confrade neste Conselho Estadual de Cultura;