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Convivendo com a diversidade: - Programa de Pós-Graduação em ...

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conhecer os princípios pedagógicos que justificam a inclusão, mas, n<strong>em</strong> por isto,<br />

<strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> frisar a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> colocá-los <strong>em</strong> prática, não só por condições<br />

objetivas (o número <strong>de</strong> alunos, falta <strong>de</strong> apoio da SMEC) mas, também – ou talvez,<br />

qu<strong>em</strong> sabe, principalmente – <strong>de</strong>vido a <strong>com</strong>petências <strong>de</strong> outra or<strong>de</strong>m, da esfera<br />

pessoal, subjetiva, acerca do que se refer<strong>em</strong> <strong>de</strong> diferentes formas: <strong>com</strong>petências<br />

<strong>em</strong>ocionais, éticas, aceitação das diferenças, auto-conhecimento, abertura para o<br />

novo, <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> saber.<br />

Vale a pena ressaltar que, ao colocarmos <strong>em</strong> evidência este aspecto subjetivo<br />

sinalizado pelas professoras, adotamos uma concepção sobre a educação s<strong>em</strong>elhante<br />

a Almeida (2002) que, ao abordar a formação dos psicólogos no contexto escolar,<br />

busca o apoio <strong>de</strong> teorias que enfatizam os fatores objetivos e subjetivos do processo<br />

<strong>de</strong> ensinar-apren<strong>de</strong>r, as condições do contexto sócio-cultural, a importância das<br />

relações inter e intra-subjetivas professor-aluno, o aprendiz <strong>com</strong>o sujeito do<br />

conhecimento e o papel social da escola, na formação do cidadão.<br />

Como viabilizar, então, essa formação que realmente favoreça a aceitação da<br />

<strong>diversida<strong>de</strong></strong> dos alunos na escola? Vamos retomar a opinião das entrevistadas a<br />

respeito <strong>de</strong>ssa questão.<br />

Uma <strong>de</strong>las diz que o caráter “tradicional” da formação do professor gera muita<br />

dificulda<strong>de</strong> para enten<strong>de</strong>r as inovações da proposta inclusiva:<br />

A formação que o professor teve é extr<strong>em</strong>amente tradicional, e a<br />

resistência à mudança é muito por ai (…) Eu acredito que todo<br />

mundo reproduz aquilo que apren<strong>de</strong>u, ou mesmo que não tenha<br />

consciência, ele está <strong>em</strong>basando a prática <strong>em</strong> alguma teoria, que<br />

geralmente é a teoria tradicional mesmo (…). T<strong>em</strong> a resistência ao<br />

estudo, boa parte dos professores não quer<strong>em</strong> mais estudar. Você<br />

conta nos <strong>de</strong>dos qu<strong>em</strong> leu os PCNs, instrumento norteador do<br />

trabalho da escola. E <strong>com</strong> relação ao aluno especial, não t<strong>em</strong> muita<br />

coisa que chegue até o professor da escola pública.<br />

Elas ainda sublinham um outro aspecto muito importante: <strong>de</strong>ve-se aplicar aos<br />

professores os mesmos princípios <strong>com</strong> que se trabalha <strong>com</strong> os alunos, sendo o<br />

trabalho <strong>de</strong> Vygotsky explicitamente citado:

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