Convivendo com a diversidade: - Programa de Pós-Graduação em ...
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Já para outra entrevistada, o mais importante é o professor ter a certeza <strong>de</strong>ssa<br />
possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> construção do conhecimento <strong>com</strong> essas crianças, e assim recebê-las<br />
por acreditar nessa construção e não apenas por uma obrigação.<br />
Mas eu acredito também que só o fato <strong>de</strong> estarmos aptas, abertas a<br />
receber essas crianças, sabe, assim… <strong>de</strong> receber essas crianças <strong>de</strong><br />
uma forma assim… do b<strong>em</strong> mesmo. Não é porque a lei nos obriga,<br />
mas é porque a gente acredita nessa construção. B<strong>em</strong>, isso que é<br />
importante.<br />
Essas professoras salientam que são mudanças individuais, na esfera das crenças e<br />
concepções que são <strong>de</strong>cisivas para a implantação da inclusão e não apenas medidas<br />
administrativas, no nível macro-político.<br />
Traz<strong>em</strong>os agora um aspecto já tratado na categoria anterior, mas <strong>com</strong> uma nuance<br />
diferenciada: <strong>com</strong>o o “professor inclusivo” po<strong>de</strong> se beneficiar e a seus alunos <strong>de</strong> um<br />
diagnóstico percebido s<strong>em</strong>pre <strong>com</strong>o uma necessida<strong>de</strong> imperiosa para que possam<br />
lidar <strong>com</strong> crianças que apresentam dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong> acentuada ou<br />
<strong>com</strong>portamento muito agressivo. Aqui elas se afastam da idéia do diagnóstico <strong>com</strong>o<br />
confirmação <strong>de</strong> impossibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> atuar no plano pedagógico <strong>com</strong> crianças<br />
<strong>de</strong>ficientes intelectuais e mostram <strong>com</strong>preen<strong>de</strong>r um uso a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong>ssa ferramenta<br />
seja ela oriunda do conhecimento médico ou psicológico. Percebendo que o objetivo<br />
para se obter informações sobre as dificulda<strong>de</strong>s da criança <strong>de</strong>ve ser o <strong>de</strong> abrir<br />
caminhos para a intervenção pedagógica, não para fechá-los:<br />
Ou ainda:<br />
Aí já traz à tona essa outra questão, e o outro lado também do<br />
professor que diz que o menino não apren<strong>de</strong> porque é maluco, ele t<strong>em</strong><br />
algum probl<strong>em</strong>a. Eu trabalhava numa re<strong>de</strong> <strong>com</strong> 800 professores e já<br />
escutei muito professor. Quando eu perguntava por que a turma tinha<br />
tido um rendimento baixo s<strong>em</strong>pre ouvia: eu fiz o melhor que eu pu<strong>de</strong>,<br />
os meninos não quer<strong>em</strong> nada. Eu saio da sala, fico fora e o probl<strong>em</strong>a<br />
são os meus alunos. Eu ouço isso todo dia.<br />
Você precisa conhecer até pra você saber quais são as limitações<br />
<strong>de</strong>ssa criança porque não vai adiantar você ir por esse caminho se<br />
aquilo ali não tá indo, assim você não vai conseguir muito sucesso,<br />
então você t<strong>em</strong> que ver, <strong>de</strong>ntro das limitações <strong>de</strong>la, on<strong>de</strong> é que tá o