Convivendo com a diversidade: - Programa de Pós-Graduação em ...
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parte das ativida<strong>de</strong>s próprias <strong>de</strong> nossa cultura. Tal fato po<strong>de</strong>rá ser mais danoso ao seu<br />
<strong>de</strong>senvolvimento do que a sua própria <strong>de</strong>ficiência. Conclui-se que uma educação<br />
inspirada <strong>em</strong> Vygotsky po<strong>de</strong> levar a uma prática pedagógica <strong>de</strong>scontaminada do<br />
caráter fatalista que envolve a pessoa <strong>com</strong> <strong>de</strong>ficiência (Russo,1994).<br />
Baseando-se ainda na teoria histórico-cultural, outro aspecto relevante para<br />
<strong>com</strong>preen<strong>de</strong>r as possibilida<strong>de</strong>s da inclusão é conhecer o contexto sócio-cultural on<strong>de</strong><br />
ela será implantada. Uma política <strong>de</strong> inclusão não po<strong>de</strong> ter uma única forma <strong>de</strong><br />
impl<strong>em</strong>entação nos diferentes países, pois cada um possui condições estruturais<br />
diferentes e trajetórias históricas diversas <strong>em</strong> relação à educação <strong>em</strong> geral e à<br />
educação especial (Bueno, 2001). Também se <strong>de</strong>v<strong>em</strong> analisar os aspectos sócioculturais<br />
<strong>de</strong> cada <strong>com</strong>unida<strong>de</strong> escolar, isto é, trabalha-se <strong>com</strong> a <strong>diversida<strong>de</strong></strong> a partir<br />
da <strong>diversida<strong>de</strong></strong> das escolas.<br />
Assim, <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> o pressuposto sócio-interacionista <strong>de</strong> que a subjetivação se dá<br />
no contexto cultural das relações sociais nas quais o ser humano está inserido,<br />
<strong>de</strong>staca-se a importância <strong>de</strong>sse contexto para mudança da concepção sobre a<br />
<strong>de</strong>ficiência e seus portadores para “… retirá-los <strong>de</strong>ssa posição <strong>de</strong> apêndice inútil da<br />
socieda<strong>de</strong>, reconhecendo sua cidadania e i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sujeitos <strong>de</strong>sejantes” (Sá,<br />
1992, p.15).<br />
2.2.3. Psicanálise e educação<br />
As referências <strong>de</strong> Freud à educação, dispersas ao longo <strong>de</strong> sua obra, <strong>de</strong>monstram que<br />
se trata <strong>de</strong> um t<strong>em</strong>a que o a<strong>com</strong>panhou por toda sua trajetória <strong>de</strong> produção da teoria<br />
psicanalítica.<br />
Ele previu que as relações entre educação e tratamento analítico seriam submetidas a<br />
um profundo exame. Como outras <strong>de</strong> suas indicações, esta igualmente se<br />
concretizou. Muita reflexão t<strong>em</strong> sido feita sobre as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interlocução<br />
entre ambas, ressaltando-se que não se trata n<strong>em</strong> <strong>de</strong> conciliação, n<strong>em</strong> <strong>de</strong> confronto e