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Convivendo com a diversidade: - Programa de Pós-Graduação em ...

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Diante da extensão e profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudanças necessárias para impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong><br />

um mo<strong>de</strong>lo educacional inclusivo, alguns autores (Aranha, 2000; Mantoan, 1997;<br />

Mrech,1997; Sá, 2001) <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m que a inclusão significa um novo paradigma na<br />

educação. Assim sendo, não se faz “revoluções científicas” – parodiando Kuhn –<br />

s<strong>em</strong> tropeços, s<strong>em</strong> custos, s<strong>em</strong> as resistências <strong>de</strong> toda or<strong>de</strong>m que as mudanças<br />

costumam provocar. Se a escola já se <strong>de</strong>bate para conviver <strong>com</strong> a <strong>diversida<strong>de</strong></strong> sóciocultural,<br />

há <strong>de</strong> se reconhecer que a <strong>de</strong>ficiência, historicamente segregada não só da<br />

escola, mas <strong>de</strong> outras formas <strong>de</strong> convivência social, encarna a <strong>diversida<strong>de</strong></strong> na sua<br />

forma mais radical, e por isso mesmo, po<strong>de</strong> causar as mais diversas resistências para<br />

que seja admitida nas salas <strong>de</strong> aula.<br />

Acreditamos que o objetivo <strong>de</strong> todos aqueles realmente <strong>com</strong>prometidos <strong>com</strong> a<br />

educação é atuar para que estes custos não recaiam sobre as crianças, o que<br />

fatalmente irá acontecer, caso a escola não esteja a<strong>de</strong>quadamente preparada para<br />

recebê-las. Assim, torna-se necessário estarmos atentos às vicissitu<strong>de</strong>s que a<br />

implantação do mo<strong>de</strong>lo educacional inclusivo po<strong>de</strong> suscitar. Partimos do pressuposto<br />

que redirecionar o foco da atenção, tradicionalmente centrado no aluno e nas suas<br />

dificulda<strong>de</strong>s, para o cotidiano da sala <strong>de</strong> aula e, especialmente, para a relação<br />

professor-aluno, é <strong>de</strong> fundamental importância quando se almeja uma escola para<br />

todos. Nesta perspectiva, este estudo buscou investigar as crenças e os sentimentos<br />

das professoras <strong>em</strong> relação à <strong>de</strong>ficiência intelectual e seus portadores, procurando<br />

i<strong>de</strong>ntificar motivações e/ou resistências para adoção <strong>de</strong> uma prática pedagógica<br />

inspirada <strong>em</strong> princípios inclusivos.<br />

Evi<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente que a proposta <strong>de</strong> inclusão envolve a socieda<strong>de</strong> <strong>com</strong>o um todo e<br />

precisa <strong>de</strong> condições objetivas para que seja colocada <strong>em</strong> prática, entre elas, a<br />

valorização da educação e conseqüent<strong>em</strong>ente, o reconhecimento da importância do<br />

trabalho do professor, mediante formação a<strong>de</strong>quada, reestruturação da carreira<br />

docente, e melhores salários. Entretanto, consoante <strong>com</strong> os objetivos <strong>de</strong>sse estudo,<br />

buscamos ressaltar os <strong>com</strong>ponentes subjetivos da prática docente, o que não significa<br />

dissociá-los das condições sócio-históricas que o envolv<strong>em</strong>.

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