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Convivendo com a diversidade: - Programa de Pós-Graduação em ...

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Nesse mesmo artigo as autoras apresentam os objetivos <strong>de</strong>ssas reuniões <strong>de</strong> análise da<br />

prática:<br />

permitir a elaboração psíquica que promova a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> refletir, pela<br />

mediação da palavra trocada, sobre o que po<strong>de</strong>ria ter sido congelado,<br />

bloqueado ou se transformado <strong>em</strong> dor pela prática ao longo do cotidiano<br />

arriscado, <strong>com</strong>partilhado <strong>com</strong> esses jovens <strong>em</strong> dificulda<strong>de</strong>s. (op.cit, p.67.)<br />

O <strong>de</strong>staque dado à importância da circulação discursiva e o acolhimento da angústia<br />

dos professores é o que caracteriza o apoio à educação inclusiva realizado por<br />

profissionais da área da saú<strong>de</strong> mental que trabalham <strong>com</strong> o referencial psicanalítico.<br />

O objetivo é trabalhar os conflitos advindos da prática cotidiana nas escolas, <strong>em</strong> vez<br />

<strong>de</strong> negá-los ou mascará-los, contribuindo <strong>de</strong>ssa forma para que sejam adotadas<br />

práticas educativas efetivamente inclusivas. Já registramos a experiência do Grupo<br />

Ponte, quando buscamos <strong>de</strong>monstrar a aplicação da discussão feita sobre a teoria<br />

psicanalítica a uma proposta <strong>de</strong> intervenção <strong>com</strong> professores que lidam <strong>com</strong> a<br />

inclusão.<br />

Encontramos outro relato <strong>de</strong> uma proposta <strong>de</strong> trabalho s<strong>em</strong>elhante no texto <strong>de</strong> Renña<br />

(2005), coor<strong>de</strong>nador da equipe do Centro <strong>de</strong> Apoio à Educação Inclusiva e Saú<strong>de</strong><br />

Mental da Criança, ligado à Prefeitura <strong>de</strong> São Paulo, no qual um grupo <strong>de</strong> terapeutas<br />

e <strong>de</strong> educadores vai à escola dar apoio aos professores.<br />

Ele alerta que a construção <strong>de</strong> um projeto inclusivo é muito difícil e que <strong>de</strong>ve se<br />

realizar <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um projeto mais amplo, que articule ações visando questões éticas,<br />

<strong>de</strong> direitos humanos e <strong>de</strong> cidadania para a família e a criança, mas que avance<br />

também na constituição <strong>de</strong>ssa parceria entre saú<strong>de</strong> e educação, através <strong>de</strong><br />

dispositivos técnicos absolutamente indispensáveis para que isso ocorra. Após<br />

<strong>com</strong>entar que “… a vida <strong>de</strong>sses crianças é muito difícil...”, o autor questiona-se:<br />

<strong>com</strong>o é que esse filme po<strong>de</strong>ria ter um final um pouco menos trágico? O caminho<br />

seria justamente criar uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> parceria entre projetos que trabalham <strong>com</strong> saú<strong>de</strong><br />

mental e educação inclusiva. Falando <strong>com</strong> a experiência <strong>de</strong> qu<strong>em</strong> lida <strong>com</strong> isso <strong>em</strong><br />

seu cotidiano, ele faz uma analogia bastante interessante:

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