Convivendo com a diversidade: - Programa de Pós-Graduação em ...
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imprescindível para as interações na sala <strong>de</strong> aula. Os diferentes ritmos,<br />
<strong>com</strong>portamentos, experiências imprim<strong>em</strong> ao cotidiano escolar a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
troca <strong>de</strong> repertórios, <strong>de</strong> visões <strong>de</strong> mundo, confrontos, ajuda mútua e conseqüente<br />
ampliação das capacida<strong>de</strong>s individuais.<br />
A inclusão é, portanto, uma inovação que implica num esforço <strong>de</strong> atualização e<br />
reestruturação das condições atuais da maioria das escolas brasileiras. Para uma<br />
efetiva impl<strong>em</strong>entação do mo<strong>de</strong>lo inclusivo na educação, se faz necessário uma<br />
profunda reorganização escolar, que vai muito além <strong>de</strong> aceitar crianças <strong>de</strong>ficientes na<br />
escola ou até mesmo realizar adaptações físicas ou curriculares <strong>de</strong> pequeno porte,<br />
que se restrinjam à sala <strong>de</strong> aula, s<strong>em</strong>, contudo, contribuir para que haja uma real<br />
transformação da dinâmica dos processos pedagógicos, n<strong>em</strong> da qualida<strong>de</strong> das<br />
relações estabelecidas na instituição escolar. Essa reorganização requer, entre outras<br />
medidas, a redução do número <strong>de</strong> alunos por turma, nova infra-estrutura, e a<br />
construção <strong>de</strong> novas dinâmicas educativas. A <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> envolvida nesse<br />
processo reforça a importância da formação dos professores, que se torna um fator<br />
chave para propiciar as mudanças exigidas pela educação inclusiva.<br />
De uma forma geral, a literatura sobre o t<strong>em</strong>a ressalta a importância da qualificação<br />
profissional do professor, apontando <strong>com</strong>o uma das principais barreiras para efetiva<br />
inserção dos alunos <strong>de</strong>ficientes no sist<strong>em</strong>a regular <strong>de</strong> ensino, o <strong>de</strong>spreparo dos<br />
professores para receber esta clientela.<br />
Mantoan (1998), i<strong>de</strong>alizadora <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> formação que têm sido adotados por<br />
re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino públicas e escolas particulares <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1991, atesta que, no geral, os<br />
professores são bastante resistentes às inovações educacionais <strong>com</strong>o a inclusão. A<br />
tendência é se refugiar<strong>em</strong> no impossível, consi<strong>de</strong>rando que uma educação para todos<br />
é válida, porém utópica, impossível <strong>de</strong> ser concretizada <strong>com</strong> muitos alunos e nas<br />
circunstâncias <strong>em</strong> que se trabalha hoje, nas escolas, principalmente nas re<strong>de</strong>s<br />
públicas <strong>de</strong> ensino. Para ela, a maioria dos professores t<strong>em</strong> uma visão funcional do<br />
ensino e tudo o que ameaça romper o esqu<strong>em</strong>a <strong>de</strong> trabalho prático que apren<strong>de</strong>ram a<br />
aplicar <strong>em</strong> suas salas é rejeitado. Reconhece, porém, que essas inovações<br />
educacionais abalam a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> profissional e o lugar conquistado pelos