Convivendo com a diversidade: - Programa de Pós-Graduação em ...
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educação inclusiva. Além disso, concordamos <strong>com</strong> Almeida (2002) quando ela<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que <strong>de</strong>ve fazer parte da formação do psicólogo escolar o <strong>de</strong>senvolvimento da<br />
atitu<strong>de</strong> e da sensibilida<strong>de</strong> clínica na escuta do outro, seja do outro s<strong>em</strong>elhante, na<br />
posição <strong>de</strong> sujeito da aprendizag<strong>em</strong> ou do ensino, seja do outro institucional. Isso não<br />
significa adotar um mo<strong>de</strong>lo clínico, já tão criticado, no âmbito da psicologia escolar.<br />
A proposta da autora é<br />
… discutir e selecionar os el<strong>em</strong>entos constitutivos do processo e da relação<br />
ensinar-apren<strong>de</strong>r e as formas pelas quais os psicólogos, no contexto escolar,<br />
po<strong>de</strong>m contribuir <strong>com</strong> a promoção do <strong>de</strong>senvolvimento individual, coletivo e<br />
institucional dos sujeitos <strong>em</strong> relação, neste processo, que é, a um só t<strong>em</strong>po,<br />
social e subjetivamente <strong>de</strong>terminado (p. 81).<br />
Concluímos que os resultados <strong>de</strong>ste estudo parec<strong>em</strong> indicar a confirmação <strong>de</strong> nossa<br />
pr<strong>em</strong>issa <strong>de</strong> que não bastam medidas administrativas, <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m político-pedagógica,<br />
para se colocar <strong>em</strong> andamento um mo<strong>de</strong>lo educacional inclusivo. Não se trata apenas<br />
<strong>de</strong> “macro-políticas”, mas também <strong>de</strong> mudanças que r<strong>em</strong>et<strong>em</strong> à realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada<br />
escola e, <strong>em</strong> última instância, à postura pessoal do professor.<br />
Para muitos, a proposta da inclusão social e escolar parece utópica, uma vez que<br />
repousa <strong>em</strong> princípios muito verbalizados, porém muito pouco postos <strong>em</strong> prática pela<br />
maioria das pessoas, tais <strong>com</strong>o: aceitação das diferenças individuais, valorização <strong>de</strong><br />
cada ser humano, convivência <strong>com</strong> a <strong>diversida<strong>de</strong></strong>, aprendizag<strong>em</strong> mediante a<br />
cooperação. Isso não significa que <strong>de</strong>va ser eternamente adiada, n<strong>em</strong> tampouco que,<br />
<strong>em</strong> nome dos objetivos louváveis da inclusão, <strong>de</strong>va ser negligenciado a distância<br />
entre o imaginário <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> i<strong>de</strong>al e as referências concretas da história <strong>de</strong><br />
nossas escolas regulares e especiais, ignorando-se toda a <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse<br />
processo. Acreditamos que a educação inclusiva precisa ser encarada <strong>com</strong>o uma<br />
realida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejável, pois significa um gran<strong>de</strong> passo na construção <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong><br />
mais justa, implicando na difícil tarefa <strong>de</strong> transformação <strong>de</strong> concepções <strong>de</strong> todos nós,<br />
inclusive das pessoas <strong>com</strong> <strong>de</strong>ficiência.<br />
À guisa <strong>de</strong> conclusão, gostaríamos <strong>de</strong> registrar um trecho <strong>de</strong> um livro <strong>de</strong> Rub<strong>em</strong><br />
Alves (2000), não só pela beleza da escrita <strong>de</strong>sse autor, mas principalmente porque