Convivendo com a diversidade: - Programa de Pós-Graduação em ...
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… a questão é social, tudo que é padrão a gente <strong>de</strong>mora muito t<strong>em</strong>po<br />
pra quebrar.<br />
Há um reconhecimento <strong>de</strong> que a educação inclusiva está pautada <strong>em</strong> princípios<br />
educativos, quando abordam sua relação <strong>com</strong> a teoria histórico-cultural:<br />
O indivíduo apren<strong>de</strong> na interação <strong>com</strong> o outro, se essas crianças <strong>com</strong><br />
<strong>de</strong>ficiência ficar<strong>em</strong> só interagindo, no mesmo espaço, <strong>com</strong> crianças<br />
<strong>com</strong> as mesmas <strong>de</strong>ficiências, a troca <strong>de</strong> uma <strong>com</strong> a outra vai ser<br />
muito pouco (…), ao mesmo t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que eu sei que o conhecimento<br />
se dá <strong>em</strong> construção, vou ter a clareza <strong>de</strong> que meu aluno <strong>com</strong><br />
<strong>de</strong>ficiência (…) também vai estar apren<strong>de</strong>ndo, mas <strong>com</strong> os saltos <strong>de</strong>le<br />
<strong>em</strong> momentos diferentes (…) Quando você parte <strong>de</strong> uma concepção<br />
movida por essas questões, você inclui numa boa…<br />
A gente po<strong>de</strong> ter uma homogeneida<strong>de</strong> <strong>com</strong> relação à ida<strong>de</strong>, mas <strong>com</strong><br />
relação à cognição eu não consigo dizer isso. Porque se eu disser que<br />
eu vou formar uma turma homogênea <strong>com</strong> relação a isso, eu vou tá<br />
<strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rando a vivência <strong>de</strong>sses meninos, os tais conhecimentos<br />
prévios…<br />
Apesar <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> unânimes acerca da dificulda<strong>de</strong> <strong>em</strong> dar uma atenção maior aos<br />
alunos <strong>com</strong> “ritmo lento” <strong>de</strong>vido ao gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> alunos e da <strong>diversida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong><br />
situações <strong>com</strong> que lidam na sala, aquelas que a<strong>com</strong>panharam esses alunos por um<br />
período mais prolongado constataram que sua mediação mais constante é um<br />
diferencial significativo: o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho da criança se modifica se elas estão<br />
próximas. A professora relata <strong>com</strong>o interveio <strong>em</strong> uma situação específica <strong>com</strong> uma<br />
aluna <strong>com</strong> <strong>de</strong>ficiência intelectual:<br />
“L., eu não quero que você faça bolinha, n<strong>em</strong> tracinho, n<strong>em</strong><br />
rabisquinho não. Eu quero que você use letra, você sabe usar letra,<br />
pois é, então apague e faça <strong>com</strong> letra”. Então ela já tá assim.<br />
Algumas coisas ela consegue… Em alguns períodos assim ela tá<br />
silábica, aí ela t<strong>em</strong> quantida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong>, ela já marca…<br />
Pelo que observamos, quase todas <strong>de</strong>monstraram ter algum conhecimento teórico<br />
sobre a abordag<strong>em</strong> sócio-interacionista. Além das questões já mencionadas sobre a<br />
importância da mediação do professor, do respeito ao conhecimento prévio dos<br />
alunos, que implica <strong>em</strong> consi<strong>de</strong>rá-los <strong>com</strong>o sujeitos interativos na construção do<br />
próprio conhecimento, os últimos ex<strong>em</strong>plos acima po<strong>de</strong>m ser articulados ao conceito<br />
<strong>de</strong> zona <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento proximal <strong>de</strong>senvolvido por Vigotsky. Eles evi<strong>de</strong>nciam a