fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...
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naturezas. Naquela, a incerteza é fun<strong>da</strong>mental: não po<strong>de</strong>mos conhecer oestado <strong>de</strong> um sistema químico porque ele não resi<strong>de</strong> em qualquermicroestado específico, mas flutua estocasticamente entre um conjunto <strong>de</strong>alternativas. Já na Teoria <strong>da</strong> Informação a incerteza é a algo como a‘varie<strong>da</strong><strong>de</strong>-anterior-ao-fato’.Outra diferença está na distinção macroestado / microestado, naqual se baseia a equação <strong>de</strong> Boltzmann e Gibbs. Para Wicken ela não seaplicaria à entropia <strong>de</strong> Shannon. E, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a explicação do aumento <strong>da</strong>entropia em sistemas irreversíveis se baseia nessa distinção, não pareceexistir irreversibili<strong>da</strong><strong>de</strong> na Teoria <strong>da</strong> Informação.De fato, a entropia é proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> do macroestado, do conjunto <strong>de</strong>probabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, não <strong>de</strong> qualquer microestado específico. Daí o raciocínio<strong>de</strong> Wicken, para quem, sem relação entre macro e microestado, a entropianão <strong>de</strong>veria ser postula<strong>da</strong>. A respeito disso o citado autor reforça:“Shannon sugere inicialmente que a informação é ‘esculpi<strong>da</strong>’ no espaço <strong>de</strong>fase entrópico. Mas logo após <strong>de</strong>sliza para fixar a entropia <strong>de</strong> símbolos emensagens eles próprios” (WICKEN, 1987: p. 21). Isso não é <strong>de</strong> todocorreto. De fato, Shannon fixa entropias <strong>de</strong> mensagens (que sãoconjuntos), mas não <strong>de</strong> símbolos (que são elementos). Para esses últimossão fixados apenas valores relativos à informação, mas não à entropia, queé informação média.Não concor<strong>da</strong>mos também com a afirmação, feita acima, <strong>de</strong> que naTeoria <strong>da</strong> Informação não há qualquer relação entre micro e macroestado,não po<strong>de</strong>ndo por esse motivo a irreversibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> 2 a Lei ser generaliza<strong>da</strong>à análise <strong>da</strong> informação.Se abastecermos uma mensagem continuamente com uma fonteestocástica, tal que seus elementos se rearranjem sempre, essa mensagempo<strong>de</strong> configurar um macroestado a partir <strong>de</strong> microestados. Exemplo dissoé um sistema on<strong>de</strong> dois <strong>da</strong>dos sejam lançados, constituindo um espaçoprobabilístico. Teríamos na soma (macroestado) dos resultados sucessivosdos dois <strong>da</strong>dos (microestados) um exemplo não-termodinâmico <strong>de</strong> relaçãoentre micro e macroestado. Provido que haja uma fonte estocásticacontínua <strong>de</strong> movimento, o macroestado 7 é mais provável que o__102__