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fábio palácio de azevedo fundamentos epistemológicos da teoria da ...

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que é, é o que é”. Na perspectiva dos eleáticos o Não-ser não existe, sendoo puro na<strong>da</strong>; em virtu<strong>de</strong> disso, o Ser é uno.O Ser <strong>de</strong> Parmêni<strong>de</strong>s possui ain<strong>da</strong> as seguintes proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s:i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> (o Ser é o que é), imperecibili<strong>da</strong><strong>de</strong> (o Ser é eterno, não foi criadodo não-Ser, como criam os jônios, e nem será <strong>de</strong>struído), finitu<strong>de</strong> (o Ser élimitado, não é infinito), além <strong>de</strong> plenitu<strong>de</strong>, continui<strong>da</strong><strong>de</strong>, indivisibili<strong>da</strong><strong>de</strong> eimobili<strong>da</strong><strong>de</strong>.Parmêni<strong>de</strong>s distingue a ‘via <strong>da</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>’ (o método racional<strong>de</strong>dutivo)<strong>da</strong> ‘via <strong>da</strong> opinião’ (o método empírico-indutivo). Aimutabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e a homogenei<strong>da</strong><strong>de</strong> do Ser, princípios confirmados pelaRazão, eram negados pela experiência empírica. A sacrifica<strong>da</strong> era entãoesta última, rebaixa<strong>da</strong> à categoria <strong>de</strong> conhecimento paracientífico,fun<strong>da</strong>do no senso comum.Com os eleáticos temos a primeira formulação bem <strong>de</strong>linea<strong>da</strong> doi<strong>de</strong>alismo e do formalismo. O pensamento sobrepõe-se à reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, nãoaceitando a contradição e o movimento empiricamente perceptíveis.Em certo sentido, o mo<strong>de</strong>rno princípio <strong>de</strong> conservação tem no Serparmenídico um seu ancestral (a matéria sempre é). Mas há também umaprofun<strong>da</strong> diferença entre ambos, pois o princípio <strong>de</strong> conservação afirmaque a matéria sempre é apenas na medi<strong>da</strong> em que mu<strong>da</strong>, o que não éadmitido pelos eleáticos, para quem o Ser é estático.Zenão (V a.c.), o segundo eleático em importância, notorizou-se porcriar paradoxos – os conhecidos ‘paradoxos <strong>de</strong> Zenão’ – para mostrar quequaisquer concepções <strong>de</strong> movimento, contradição ou infini<strong>da</strong><strong>de</strong>resultavam em impasses e absurdos lógicos.Melisso (V a.c.), também eleático, tornou-se notório em suamilitância teórica contra Empédocles e os pitagóricos. Estes últimos,apesar <strong>de</strong> igualmente i<strong>de</strong>alistas, não concor<strong>da</strong>vam com a radicali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>sopiniões dos eleatas, em particular com a idéia <strong>de</strong> que a multiplici<strong>da</strong><strong>de</strong>simplesmente não existia, sendo mera ilusão dos sentidos.LARA (1989: p. 66) comenta que Heráclito é tão racionalista quantoos eleáticos, pois também acredita que o conhecimento ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro se__135__

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